mas só o coração iluminando a razão e a razão conduzindo o coração, podem nos trazer alguma sabedoria... ilusão de filósofo.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Organização e o uso do conhecimento
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
As 7 idades dos sistemas de recuperação da informação
Michel Lesk , professor americano, tem um famoso artigo chamado: "As 7 idades dos sistemas de recuperação da informação" onde marca o inicio da sua cronologia existencial em 1945 com o artigo de Vannevar Bush, "As we May Think" a informação passou, então, pelas seguintes fases:
Infância (1945-1955)
Idade escolar (1960s)
Idade adulta (1970s)
Maturidade (1980s)
Crise da meia idade (1990s)
Realização (fulfilment) (2000s)
Aposentadoria (senilidade) (2010)
Segundo Lesk, "Shakespeare chama o último tempo como o da senilidade. Nesse ponto 65 anos após o artigo "As we may think" pode-se imaginar que, todo o trabalho de conversão para texto digital acabou; existe uma nova escrita multimídia e a informação pode ser recuperada e consultada de todos os lugares. Os prédios das bibliotecas, nos campus das universidades, estão sendo solicitados para outros usos."
"Uns poucos intelectuais, da cultura de elite ainda, irão ler manuscritos e antigos arquivos e continuarão em busca de espaços para lerem enigmáticos livros" [tradução livre do texto de Lesk]
A realidade adiciona verdade às previsões de Lesk: abriu nesta semana a Europeana o site das bibliotecas nacionais europeias com seus documentos disponíveis em formato digital e após 10 milhoes de acesso na sua primeira hora teve que fechar para reabrir em nova data em uma configuração mais "robusta" [veja em http://www.europeana.eu/portal/ ]
"De que vale está luz se ela não brilha em nós" indica Elio Gaspari em sua coluna do jornal O Globo de 23/11/2008.
Cito partes da sua crônica:
"Em 1941, o bruxo argentino Jorge Luis Borges escreveu “A biblioteca de Babel” e contou o mistério do “Livro total”. Seria “o compêndio perfeito de todos os demais”, receptáculo de todo o conhecimento humano. O tesouro estaria perdido. Pobre Borges. Não viveu o suficiente para ver que são inesgotáveis as horríveis imaginações da mente.
Em Brasília e Goiânia existem bibliotecas muito mais cerebrinas [fantásticas ?]. Burocratas da cultura associados a empreiteiros e governantes letrado criaram as bibliotecas sem livros, um desafio para filósofos e delegados de polícia.
Os dois templos do nada foram projetados por Oscar Niemeyer e inaugurados em 2006. Deveriam custar algo mais que R$ 40 milhões cada uma. A Biblioteca Nacional de Brasília fica a 500 metros da catedral. Tem cinco andares e 14 funcionários, mas está fechada. Seu acervo de 50 mil livros ainda não foi catalogado. Os donatários esclarecem que o prédio tem capacidade para 250 mil volumes.
A biblioteca irmã tem três pisos, 1.200 metros quadrados e fica em Goiânia, no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Está fechada porque não se pagou ao empreiteiro, que, por sua vez, apresentou contas que somam R$ 65 milhões. Ao contrário do que sucedeu em Brasília, tem acervo, mas os livros estão encaixotados, pois a instituição não tem funcionários.
Talvez o “Livro total” de Borges e a imaginação de Umberto Eco esclareçam o mistério. Tendo absorvido toda a sabedoria humana, o monge cego Jorge de Burgos, de “O nome da rosa”, percebeu a irrelevância do conhecimento [ em documentos convencionais] e organizou uma bibliotecas sem livros." [ colchetes colocados pela
Lista, Crônica de Elio Gaspari - Borges no Brasil: Bibliotecas sem
livros, acima referenciada]
Em uma época de documentos digitais o uso efetivo está relacionado a disponibilidade: a) quanto mais perto da fonte estiver o usuário maior e melhor a possibilidade de uso da informação; b) na nova economia existe uma uma enorme redução de custo para se produzir conteúdos digitais; c) ao se disponibilizar uma informação se estabelece uma conexão psicológica entre fonte e gerador. Nos
documentos digitais esta conexão é afável há uma harmonia entre a fonte e o usuário para entrarem e permanecerem em contato com rapidez; sem a inibição e a locomoção para os palácios da cultura de elite, onde impera a tensão de um uso baseado em aparatos de intermediação ideológicos e em tecnologias de interface complicadas e de simbologia fechada.
Os documentos de amanhã serão em sua maioria digitais e em redes. Porque continuar a construir enormes palácios vazios destinados a estruturas de informação que terão cada vez menos demanda de usuários para seu estoque de informação?
Aldo de Albuqurque Barreto
sábado, 22 de novembro de 2008
Engenheiro x Cientista
Conversando sobre ciência e filosofia, um amigo (Eduardo Mattos) reproduziu um comentário de John F. Sowa (no artigo Processes And Causality), onde o autor contrasta a posição do filósofo com a do engenheiro. Segue a passagem do texto:
6. Lattice of Theories
Although the world is bigger than any human can comprehend or any computer can compute, the set of all possible theories and models is even bigger. The entire universe contains a finite number of atoms, but the number of all possible theories is countably infinite, and the number of possible models of those theories is uncountably infinite. The ultimate task of science is to search that vast infinity in the hope of finding a theory that gives the best answers to all possible questions. Yet that search may be in vain. Perhaps no single theory is best for all questions; even if one theory happened to be the best, there is no assurance that it would ever be found; and even if somebody found it, there might be no way to prove that it is the best.
Engineers have a more modest goal. Instead of searching for the best possible theory for all problems, they are satisfied with a theory that is good enough for the specific problem at hand. When they are assigned a new problem, they look for a new theory that can solve it to an acceptable approximation within the constraints of available tools, budgets, and deadlines. Although no one has ever found a theory that can solve all problems, people everywhere have been successful in finding more or less adequate theories that can deal with the routine problems of daily life. As science progresses, the engineering techniques advance with it, but the engineers do not have to wait for a perfect theory before they can do their work.sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Às vezes menos é mais
O ser humano é referencial, vive comparando a si mesmo e onde está com o outro, o que explica grande parte de sua insatisfação constante. Somada esta característica ao capitalismo que nos torna instrumentos do jogo de mercado, percebe-se na sociedade atual uma crescente valorização do "mais": mais rico, mais bonito, mais inteligente, mais rápido, mais bem sucedido; uma lista interminável. Porém o mais irracional é que buscar ser "mais" em tudo, nos distancia do mais importante: a real satisfação de vida. Na sua necessidade constante de aperfeiçoamento, uma das buscas do homem contemporâneo é a de informações, através de cursos, livros, artigos e conversas.
Conceitualmente, informações são dados com significado, e apenas rotinas operacionais podem ser tomadas a partir das mesmas, o que um computador com capacidade de processamento pode dar conta. Por outro lado, as competências são conjuntos de conhecimentos, habilidades e atitudes trabalhados a partir do processamento destas informações. O que nos diferencia das máquinas é a capacidade de tomar decisões criativas, lidar com a intuição, com as experiências anteriores, e felizmente (ainda) as máquinas não podem substituir o homem.
O grande risco no mundo moderno é nos tornarmos um poço de informações, mas um deserto de competências. Seja nas vivências pessoais ou profissionais, resultados concretos são resultado da aplicação de competências, e não apenas do acúmulo de dados e informações.
Prova disso é que em alguns temas, especialmente em conteúdos mais filosóficos, é comum falarmos para nós mesmos: "Eu já passei por isso uma vez, por que errei novamente na mesma situação?" O fato é que, na verdade, nunca soubemos completamente: ou sabíamos em um nível mais primário, ou apenas tínhamos nos informado, possivelmente em alguma das mil leituras dinâmicas que fazemos diariamente.
Os autores Nonaka e Takeuchi, em sua renomada obra "Criação do conhecimento na empresa" (1997), definem o conceito da "espiral do conhecimento", segundo a qual o conhecimento avança num processo de conversão do conhecimento do dia-a-dia (tácito) em conhecimento articulado (explícito) e então internalizado (novamente tácito), tornando-se base do conhecimento de cada indivíduo. A evolução na espiral é contínua, porém em patamares de maturidade cada vez mais elevados, ampliando assim a aplicação do conhecimento em outras áreas.
Sendo assim, é uma ilusão acharmos que seremos competentes em tudo sobre o qual colecionamos informações. Se isto fosse verdade, os taxistas seriam as pessoas mais sábias do mundo, pois estão diariamente recebendo informações de todas as formas. Conhecimento é proveniente de informações processadas, aplicadas e comparadas. Por isso defendo que, mais importante do que buscar continuamente mais e mais informações, é preciso aplicar o que já sabemos.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Passos para a Gestão de Conhecimento em empresas
First. Take IT (both as an organisation and a technology) out of the equation. KM is NOT an IT issue (security could be, but then again, the security enforced by IT should be based on a security policy defined by users/service owners or "the business"). IT is only a service organisation.
Second. Any KM tool is basically just a link between people. If the users don't see the reasons for sharing knowledge - this is where you should start. It is always easier to get users on-board if the professional/personal benefit is clear. Go low-tech and put people in the same room and moderate a workshop around how you can improve as a company by sharing what you know. Set a basic taxonomy to guide the discussions and focus around what types of information you need to transfer. This will give you valuable input when selecting system candidates to support the sharing process (synchronus vs asynchronous, text vs images etc.).
Third. Measure what you do. And don't forget to measure and follow up on the actual sharing that any one individual participates in. I am aware of at least four global companies that use some kind of knowledge sharing metrics in their development and salary discussions with all co-workers.
Fourth. Celebrate the heroes and take "resistors" seriously. Listen to the "this will never work"-arguments and put energy in understanding the resistance to sharing. Sometimes the arguments seem silly to us in the business - but they are still valid for the resistors. Converting a reluctant user could more often than not give you a perfect advocate for making the change...
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Retendo jovens talentos... conversar, conversar, conversar
http://www.hsm.com.br/
Gestão de Conhecimento, por onde começar?
Choo, Chun Wei é autor do livro Information Management for the Intelligent Organization (2002) que pode ser colocado com em paralelo com o trabalho de Davenport, T: Information Ecology (1997), pois ambos autores consideram a gestão da informação como a base da gestão de conhecimento... interessante para aqueles vindos da área de gestão de informação.
Nonaka e Takeuchi (1995) também são vistos por alguns como fundadores do KM.