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mas só o coração iluminando a razão e a razão conduzindo o coração, podem nos trazer alguma sabedoria... ilusão de filósofo.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Orkut se encontra com alunos da UFMG
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domingo, 21 de junho de 2009
Concursos para Professor da ECI / UFMG
Depto. TGI - Professor Adjunto - Área de Gestão da Informação e do Conhecimento
Depto. TGI - Professor Adjunto - Arquivologia
Depto. OTI - Prof. Adjunto - Arquivologia
sábado, 20 de junho de 2009
Sobre a exigência incondicional de diploma universitário
Revogação do diploma de jornalismo
A obrigatoriedade do diploma em jornalismo vigorava desde 1969 graças ao Decreto-Lei 972. O questionamento judicial sobre a constitucionalidade do diploma começou em 2001, quando a 16ª Vara da Justiça Federal de São Paulo concedeu liminar determinando que o documento não seria mais necessário para obtenção do registro profissional. Em 2005 a decisão foi revogada pelo Tribunal Regional Federal. Ontem, 17 de junho, a decisão de suspensão da necessidade do diploma foi tomada pelo STF, instância máxima da justiça brasileira, por oito votos a um. O resultado não pode mais ser revertido.
NYT vai publicar seu índice na web semântica.
sábado, 6 de junho de 2009
O bom de educar desde cedo
A propósito da dicotomização e da politização inadequada do tema "tecnologia x social" (ou até "cognitivo x social"), que permeia a discussão no seio dos cursos de graduação na área de Ciência da Informação no Brasil, segue a reflexão do nobel James Heckman colocada em entrevista à útlima revista Veja. O prêmio Nobel de Economia explica por que deixar de fornecer estímulos às crianças nos primeiros anos de vida custa caro para elas – e para um país.
"Tentar sedimentar num adolescente o conhecimento que deveria ter sido apresentado a ele dez anos antes custa mais e é menos eficiente" |
Fiquei me perguntando como ficam aqueles cursos de graduação em universidades públicas que atraem candidados de baixíssimas habilidades cognitivas. Faz sentido o investimento? Acredito que cursos de graduação em universidades públicas que não atraem bons alunos estão equivocados. Melhor seria investir os recursos na educação básica. A reportagem continua assim:
"Em seus estudos, o senhor conclui que não há política pública mais eficaz do que investir na educação de crianças nos primeiros anos de vida. Por quê? A razão é econômica. A educação é crucial para o avanço de um país – e, quanto antes chegar às pessoas, maior será o seu efeito e mais barato ela custará. Basta dizer que tentar sedimentar num adolescente o tipo de conhecimento que deveria ter sido apresentado a ele dez anos antes sai algo como 60% mais caro. Pior ainda: nem sempre o aprendizado tardio é tão eficiente. Não me refiro aqui apenas às habilidades cognitivas convencionais, mas a um conjunto de capacidades que deveriam ser lapidadas em todas as crianças desde os 3, 4 anos de vida.
O senhor poderia ser mais específico em relação a essas habilidades? Há evidências científicas de que dois tipos de habilidade têm enorme influência sobre o sucesso de uma pessoa na vida. No primeiro grupo, situam-se as capacidades cognitivas – aquelas relacionadas ao QI. Por capacidades cognitivas entenda-se algo abrangente, como conseguir enxergar o mundo de forma mais abstrata e lógica. Num outro grupo, igualmente relevante, coloco as habilidades não cognitivas, relacionadas ao autocontrole, à motivação e ao comportamento social. Essas também devem ser estimuladas no começo da vida. Embora sejam cientificamente menosprezadas por muitos, descobri que elas estão diretamente relacionadas ao sucesso na escola – e, mais tarde, no próprio mercado de trabalho."
O problema se agrava ainda mais pela natureza pouco científica e muito politizada da discussão no âmbito dos colegiados dos cursos. A esse propósito, o entrevistado continua:
"Na educação, há sempre a tentação de reduzir tudo à luta do capitalismo contra o marxismo. Um país ganha muito quando retira o debate do terreno político e o põe sobre bases científicas e econômicas" |
"Os educadores costumam dar muita ênfase à falta de dinheiro para a educação. Esse é realmente o problema fundamental? O problema existe, mas não é o principal. O que realmente atrapalha nessa área é a péssima gestão do dinheiro. Se os governantes fossem um pouco mais eficazes, conseguiriam colher resultados infinitamente melhores. Em primeiro lugar, deveriam passar a tomar suas decisões com base na ciência, e não em critérios políticos ou ideológicos, como é mais comum. Veja o que aconteceu no caso da pesquisa com as células-tronco. Apesar de todas as evidências de que poderiam ser cruciais para curar doenças, deixamos de estudá-las durante oito anos nos Estados Unidos – isso por razões políticas. Um exemplo de obscurantismo em pleno século XXI. Na educação, há sempre a tentação de reduzir a discussão à luta do capitalismo contra o marxismo, da direita contra a esquerda ou de antissindicalistas contra sindicalizados. Meu esforço é justamente para trazer o debate a bases objetivas – e econômicas."