tag:blogger.com,1999:blog-31950251757566786672024-03-13T12:25:41.601-03:00.: dado, informação, conhecimento ...mas só o coração iluminando a razão e a razão conduzindo o coração, podem nos trazer alguma sabedoria... ilusão de filósofo.Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.comBlogger101125tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-5736719595801159782022-01-09T15:04:00.024-03:002022-01-09T22:14:41.747-03:00<p></p><p></p><h2 style="text-align: left;">A Espiritualidade do <i>Trading</i> (da negociação)</h2><div class="top-contrib-block"><div class="contribs"><div class="contrib-container top-contrib"><div class="fs-author-group-wrapper">
<div class="contrib-byline">
<div class="fs-author-wrapper">
<span class="fs-author-name"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">by </span></span><a class="contrib-link--name remove-underline" href="https://www.forbes.com/sites/brettsteenbarger/2018/03/29/the-spirituality-of-trading"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Brett Steenbarger<br /></span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="font-size: x-small;">(Professor Clínico de Psiquiatria e Ciências do Comportamento na SUNY Upstate Medical University em Syracuse, NY. )</span><br /></span></span></span></div></div></div></div></div></div><div class="article-body fs-article fs-responsive-text current-article"><div class="wp-caption wp-caption-wrap alignnone" id="attachment_1054602662"><div class="article-image-caption"><div class="caption-container">
</div>
</div>
</div>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Existem
três pilares para a psicologia do <i>trading</i>, o campo que examina as
maneiras pelas quais a psicologia pode melhorar nosso desempenho como
investidores e traders (comerciantes):</span></span></p>
<ul><li><i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Nosso desenvolvimento emocional</span></span></i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">
- este é o domínio tradicional da psicologia de trading, consistindo
em perspectivas e métodos para garantir que aproveitemos ao máximo
nossos entendimentos sentidos (intuição) e não deixar que a excitação
emocional interfira na tomada de decisões corretas.</span></span></li><li><i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Nosso desenvolvimento cognitivo</span></span></i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">
- Esta é a área de desenvolvimento mais freqüentemente encontrada por
profissionais experientes, que estão tentando aproveitar ao máximo seu
rápido reconhecimento de padrões e análises profundas, e que trabalham
no cultivo de seu processamento de informações e criatividade para gerar
mais e melhores ideias.</span></span></li><li><i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Nosso desenvolvimento espiritual</span></span></i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">
- este terceiro pilar raramente é abordado em escritos e práticas sobre
psicologia do trading, refletindo em parte as sensibilidades dos
profissionais em torno de questões religiosas. </span><span style="vertical-align: inherit;">Enquanto o desenvolvimento emocional e cognitivo maximizam nossa autorealização, a espiritualidade busca a autotranscendência.</span></span></li></ul>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Neste
artigo, apresentarei o conceito de espiritualidade do trading e
explicarei, com exemplos extraídos de pesquisas e da prática do mundo
real, como transcender o ego pode nos ajudar a nos tornarmos melhores
operadores e melhores seres humanos.</span></span></p>
<p><b><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Compreendendo a espiritualidade</span></span></b></p>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Seguindo </span></span><a aria-label="Dr. Kenneth Pargament" href="https://www.amazon.com/Spiritually-Integrated-Psychotherapy-Understanding-Addressing/dp/1609189930" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">o Dr. Kenneth Pargament</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, que estudou extensivamente a integração da espiritualidade e da
psicologia, podemos definir espiritualidade como o domínio do sagrado. </span></span><i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">O
que torna algo sagrado é que ele é uma fonte de significado e propósito
acima e além de nossas necessidades e interesses pessoais</span></span></i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> (ou seja, o sagrado se torna sagrado na medida em que possa ser profanado). O domínio sagrado pode ou não ser teísta; como observa Pargament,
pode se referir a crenças em uma realidade transcendente (como no
taoísmo e no budismo) e/ou em um Ser Supremo (como em muitas
religiões). A maneira como concebemos o domínio espiritual ajuda a
moldar como conceitualizamos e vivenciamos a família, a natureza, o
tempo e muito mais. A espiritualidade, nesse sentido, reflete nossas
formas básicas de dar sentido ao mundo.</span></span></p>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Comum
entre as tradições espirituais do mundo é a ideia de que existe uma
parte de cada um de nós que é sagrada. Essa parte de nós que chamamos de
alma. No Zen, falamos sobre o grande eu - a parte de nós conectada à
realidade mais ampla - e o pequeno eu, a parte de nós envolvida nos
assuntos mundanos do ego. De maneiras diferentes, as religiões cristã,
islâmica e judaica ensinam que temos uma alma animal mundana e uma alma
divina. Nós nos desenvolvemos espiritualmente encontrando o divino
dentro de nós, permitindo que a alma divina guie nossas ações no mundo
material. Esse aspecto da transcendência do ego é essencial para a
compreensão da espiritualidade.</span></span></p>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Outro
aspecto central da espiritualidade é a ideia de alcançar estados únicos
de consciência em função do contato com o divino. Esta foi uma visão
chave do </span></span><a aria-label="Trabalho de William James" href="https://www.amazon.com/Varieties-Religious-Experience-Study-Nature/dp/1439297274" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">trabalho de William James</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> na virada do século XX. Ele também desempenhou um papel importante na psicologia de </span></span><a aria-label="Abraham Maslow," href="https://www.amazon.com/Religions-Values-Peak-Experiences-Abraham-Maslow/dp/8087888847" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Abraham Maslow,</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">
que observou que as experiências de pico - experiências nas quais
experimentamos uma unidade com o mundo e um senso aprimorado de
significado e propósito - são experiências tipicamente religiosas. </span></span><a aria-label="Uma ampla gama de pesquisas" href=" https://www.rcpsych.ac.uk/docs/default-source/members/sigs/spirituality-spsig/spirituality-special-interest-group-publications-simon-dein-religion-and-mental-health-current-findings.pdf?sfvrsn=75384061_2" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Uma ampla gama de pesquisas</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> descobre
que a prática espiritual e religiosa está associada a resultados de
saúde mental favoráveis, incluindo taxas mais baixas de depressão,
ansiedade e uso de substâncias. A espiritualidade também melhora a saúde
mental positiva, como autocontrole, felicidade e realização. (Consulte o
</span></span><a aria-label="Manual de psicologia, religião e espiritualidade da APA" href="http://www.apa.org/pubs/books/4311506.aspx?tab=2" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Manual de Psicologia, Religião e Espiritualidade</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> da American Psychological Association </span><span style="vertical-align: inherit;">para
obter um exame detalhado da interface entre espiritualidade e
psicologia). Em suma, a espiritualidade aborda não apenas resultados
favoráveis, mas também transformacionais. Os conceitos de arrependimento
e renovação - alcançar níveis mais elevados de experiência e
desenvolvimento por meio de uma conexão expandida com o divino - são
centrais para muitas religiões do mundo.</span></span></p>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Com
certeza, espiritualidade e religião podem ser mal utilizadas. Podemos
dicotomizar a razão e a fé de tal forma que caímos na armadilha de
cultos e práticas destrutivas. Muitas atrocidades foram cometidas em
nome de religiões que afirmam a verdade última. Ainda assim, a
espiritualidade fala a uma ampla seção transversal da população. Nos
Estados Unidos, </span></span><a aria-label="extensa pesquisa do Pew Research Center" href="http://www.pewforum.org/2015/05/12/americas-changing-religious-landscape/" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">uma extensa pesquisa do Pew Research Center</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">
descobriu que cerca de 80% da população se identifica com uma religião
específica, embora essa porcentagem tenha diminuído nos últimos anos.
Curiosamente, um terço dos millenials se descreve como não afiliados, o
dobro do nível da geração baby boom. No </span></span><a aria-label="o estudo Pew mais recente" href="http://www.pewresearch.org/fact-tank/2017/09/06/more-americans-now-say-theyre-spiritual-but-not-religious/" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">estudo mais recente da Pew</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">,
apenas 48% da população se descreve como religiosa e espiritual, mas
75% da população se descreve como espiritual de uma forma ou de outra. </span><span style="vertical-align: inherit;">Isso
pode ajudar a explicar por que muitos jovens adultos no mundo do trading expressam forte interesse em meditação, ioga e práticas
espirituais semelhantes, embora não expressem interesse semelhante em
atividades religiosas tradicionais.</span></span></p>
<p><b><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Como a espiritualidade está relacionada ao <i>trading</i> (comércio)?</span></span></b></p>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><b>À
primeira vista, nenhum empreendimento parece tão desvinculado da
espiritualidade quanto negociar e investir nos mercados financeiros</b>.
Afinal, negociar significa ganhar dinheiro, não alcançar conexões mais
profundas com o divino! É precisamente essa dicotomia que torna o mundo do <i>trading</i> um laboratório fascinante para todas as coisas espirituais.
Como as finanças são movidas por lucros e perdas, com resultados
tangivelmente medidos em dólares e centavos, elas fornecem uma janela
incomum para entender o desenvolvimento de profissionais que se divorciaram da dimensão espiritual. Especificamente, eu argumentaria que </span></span><i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">muitos
dos problemas que atormentam os traders e investidores não são
apenas de origem emocional ou cognitiva, mas são parte integrante de uma
alienação da espiritualidade.</span></span></i></p>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Considere Ricardo, um gerente de contas financeiras experiente, que progrediu
significativamente como um gerente de portfólio ativo. Ele trabalhou com
um analista júnior, gerando ideias sobre desenvolvimentos
macroeconômicos globais e tendências comerciais com base neles. Nos
últimos dois anos, tendências claras nos principais mercados tornaram-se
mais difíceis de encontrar. Os mandatos dos investidores também se
tornaram mais rígidos, enfatizando uma maior utilização de capital
(maior tomada de risco), mas também limites de perda rígidos. Para se
adaptar a esse novo ambiente, as negociações de Ricardo tornaram-se cada
vez mais de curto prazo. Seu objetivo era capturar movimentos menores e
controlar as perdas. Na prática, isso significava ficar no topo dos
mercados macro durante os horários europeus e asiáticos, afetando seu
sono, bem como seu nível de energia e humor. A falta de tempo livre
também pesou em seu casamento e na criação de seus filhos.</span></span></p>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Podemos pensar sobre o dilema de Ricardo em termos
emocionais (ele precisa de mais equilíbrio com a vida) e podemos
trabalhar com </span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Ricardo</span></span> de maneira mais cognitiva (alavancar seu
processo de pesquisa para gerar mais e melhores ideias diversificadas). </span></span><i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Uma
avaliação completa, no entanto, descobriu que o principal desafio de </span></span></i><i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Ricardo</span></span> era o fato de que ele achava seu trabalho sem sentido</span></span></i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">. As negociações de curto prazo não expressaram totalmente ou
utilizaram seus talentos analíticos, nem exploraram sua capacidade
criativa de gerar ideias sobre estatégias macro-temáticas. Pior ainda, o <i>trading</i> estava
interferindo em outras partes de sua vida que sempre trouxeram
felicidade e significado, incluindo família e amigos. Sua recente falta
de energia e foco foi uma função de sua crescente (e compreensível)
preocupação com lucratividade.</span></span></p>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Curiosamente,</span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> Ricardo</span></span> recuperou seu equilíbrio - e seu desempenho - reduzindo suas
negociações. Ele acrescentou um membro à sua equipe, orientou os colegas
na construção e execução de sistemas de negociação testados e limitou
sua negociação discricionária a algumas ideias bem pesquisadas e
diversificadas. O tempo gasto no trabalho se tornou mais gratificante, pois
ele achou a orientação / mentoria dos colegas particularmente gratificante. Sua lucratividade
se beneficiou da combinação de estratégias sistemáticas, que lhe deram a
liberdade de negociar suas ideias discricionárias ao longo dos prazos
adequados. Mais importante, o tempo livre recém-conquistado
proporcionou-lhe maiores oportunidades de aproveitar a vida fora dos
mercados. Isso incluiu o envolvimento em atividades de mentoreamento vinculadas à ação comunitária por meio de sua igreja. Ele gostou da
sensação de "retribuir", mas também descreveu um profundo sentimento de
realização ao se reconectar com sua comunidade espiritual e se engajar
em "boas obras". Ele não parecia simplesmente um operador mais feliz ou
mais bem-sucedido. Ele reapareceu como um ser humano renovado.</span></span></p>
<p><i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Um
número surpreendente de problemas que afetam os traders - de
overtrading impulsivo a medos de desempenho - pode ser atribuído a um
<b>investimento exagerado do ego em resultados de trading</b></span></span></i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">. <u><b>Limitar os esforços de melhoria de desempenho a estratégias
emocionais e cognitivas não resolve esse desequilíbrio fundamental</b></u>.
Quando os <i>traders</i> desenvolvem fontes de significado acima e além de
sua lucratividade imediata, eles se envolvem em seu trabalho com mais
energia. Isso permite que eles se tornem mais produtivos e criativos em
todas as áreas da vida. </span></span><i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">As
práticas espirituais das grandes tradições do mundo são profundas, mas
completamente negligenciadas, minas de perspectivas e técnicas para
transcender o ego e alcançar estados de consciência nos quais
processamos o mundo de forma mais plena e eficaz</span></span></i><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">. </span><span style="vertical-align: inherit;">Talvez o desempenho máximo seja alcançado quando não abordamos apenas o coração e o cérebro, mas também a alma.</span></span></p>
<p><b><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A promessa da psicologia positiva</span></span></b></p>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Ao
abordar as facetas saudáveis da psicologia, da felicidade ao
exercício das forças pessoais, a psicologia positiva está posicionada de
maneira única para promover nosso desenvolvimento espiritual. </span><span style="vertical-align: inherit;">Uma olhada no blog e no kit de ferramentas oferecido pelo </span></span><a aria-label="Site do Programa de Psicologia Positiva" href="https://positivepsychologyprogram.com/" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">site do Programa de Psicologia Positiva</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> revela uma série de tópicos relacionados à atenção plena, meditação, compaixão, gratidão e significado da vida. </span><span style="vertical-align: inherit;">As
experiências de pico pesquisadas por Maslow, o estado de fluxo estudado
por Czikszentmihalyi e o trabalho de Frankl sobre o significado da vida
falam sobre a interface entre nosso desenvolvimento psicológico e
espiritual. </span><span style="vertical-align: inherit;">Recentemente, comecei a trabalhar com um trader que ficou impressionado com </span></span><a aria-label="A noção de Alan Morinis" href="https://www.amazon.com/Everyday-Holiness-Jewish-Spiritual-Mussar/dp/1590306090" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">a noção de Alan Morinis</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> da
vida como um currículo espiritual, no qual nossos repetidos desafios de
vida (a compulsão de repetição de Freud!) são vistos como nosso caminho
único em direção ao desenvolvimento espiritual. Dessa perspectiva, os
problemas que encontramos - seja no <i>trading</i>, no casamento ou na
carreira - trazem um aprendizado valioso e podemos abraçá-los com
gratidão, em vez de frustração. Isso é uma virada de jogo psicológica e
espiritual. Isso nos permite viver, como observa Morinis, com a
"santidade cotidiana".</span></span></p>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Especialmente
relevante para o desenvolvimento da espiritualidade é o trabalho sobre a
mentalidade de Carol Dweck e sua equipe de pesquisa, particularmente
sua noção de </span></span><a aria-label="crescimento versus mentalidades fixas" href="https://www.mindsetworks.com/science/" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">crescimento versus mentalidades fixas</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">. Quando abordamos os desafios com uma mentalidade construtiva, um
senso de oportunidade e possibilidade, temos uma probabilidade
significativamente maior de alcançar resultados de vida positivos. Pode
ser que a espiritualidade seja um meio poderoso para manter uma
mentalidade construtiva, fornecendo-nos </span></span><a aria-label="uma estrela do norte" href="http://blog.mindsetworks.com/entry/mindset-and-northern-star-article" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">uma "estrela guia do norte"</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> em tempos de tempestade. A </span></span><a aria-label="mentalidade de ação de sisu" href="https://www.emilialahti.com/what-is-sisu" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">mentalidade de ação do </span></span><i href="https://www.emilialahti.com/what-is-sisu"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">sisu</span></span></i></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">
pesquisada por Emilia Lahti está intimamente ligada à espiritualidade,
ilustrando que o compromisso com desafios significativos (como </span></span><a aria-label="A corrida de 1.500 milhas de Lahti pela Nova Zelândia" href="https://sisulab.com/2016/05/15/a-finn-running-1500-miles-for-non-violence-why-in-new-zealand/" rel="nofollow noopener" target="_blank"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">a corrida de 1.500 milhas de Lahti na Nova Zelândia</span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> na promoção da não violência contra as mulheres) explora reservas não reconhecidas de energia e realizações.</span></span></p>
<p><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Tive
o prazer de conhecer Lahti e ouso dizer que ela nunca teria enfrentado
suas audaciosas realizações se essas <b>fossem centradas em si mesma e no
ego</b>. </span><span style="vertical-align: inherit;">Ao transcender o eu, descobrimos recursos acima e além de nós mesmos. </span><span style="vertical-align: inherit;">Para
aqueles de nós imersos em mercados e negócios, as implicações são
significativas: podemos ter melhor sucesso no mundo material
<b>desenvolvendo o sagrado dentro de nós</b>.</span></span></p></div><a aria-label="Compartilhar Linkedin" class="social-icon linkedin" data-ga-track="Linkedin Click">
</a>Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-13592512744431110172020-05-23T18:04:00.000-03:002020-05-23T18:04:01.077-03:00Por que ontologias?<div class="column" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #454545; font-family: Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, sans-serif; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span class="" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Em resumo, uma ontologia é a especificação de uma conceituação. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">O que isso significa da perspectiva das ciências da informação? </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Definição da Wikipedia: "nomeação formal e definição dos tipos, propriedades e inter-relações das entidades que </span></span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">existem no Real ou fundamentalmente</span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"> em um domínio específico do discurso". </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Isso basicamente significa, como todos os modelos, que é uma representação do que "realmente" existe na realidade. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Um modelo estatístico ou matemático tenta representar algum comportamento em termos de uma fórmula estatística ou matemática. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">A equação mostrada na figura abaixo é do US Census Bureau e modela a distribuição de renda nos Estados Unidos para pessoas que ganham US$100.000 por ano ou menos:</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<img alt="" class="aligncenter wp-image-5468 align-center" height="240" src="http://www.rshane.com/wp-content/uploads/2017/01/FamilyDistribution.png" style="background: transparent; border: 0px; clear: both !important; display: block !important; font-size: 15.6px; height: auto; margin: 4px 0px; max-width: 100%; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;" width="320" /></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">O diagrama Entity Relationship (ER) abaixo é um modelo que representa um objeto JavaScript Object Notation (JSON) que mostra as entidades Usuário, Amigos, Negócios, Bairros, juntamente com relacionamentos entre si. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Isso é mais uma representação lógica, mas descreve dados que realmente existem, material ou conceitualmente, dentro deste objeto JSON.</span></span></div>
<div class="mceTemp" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<dl class="wp-caption aligncenter" id="attachment_5480" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<dt class="wp-caption-dt" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin: 0px 0px 3px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><img class="wp-image-5480" height="497" src="http://www.rshane.com/wp-content/uploads/2017/01/Erwin_Yelp-1024x756.png" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; height: auto; margin: 4px 0px; max-width: 100%; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="673" /></dt>
<dd class="wp-caption-dd" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin: 0px 0px 3px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><br /></span></dd><dd class="wp-caption-dd" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin: 0px 0px 3px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Modelo Lógico JSON ER</span></dd></dl>
</div>
</div>
<div class="column" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #454545; font-family: Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, sans-serif; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Uma ontologia fornece praticamente as mesmas informações, exceto que um modelo de dados está especificamente relacionado apenas aos dados. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">O modelo de dados fornece entidades que se tornarão tabelas em um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Relacional (SGBD), e os atributos se tornarão colunas com tipos e restrições de dados específicos, e os relacionamentos identificarão restrições de chave estrangeira. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">O que um modelo de dados não fornece é uma definição interpretável por máquina do vocabulário em um domínio específico. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Os Modelos de Dados não conterão o vocabulário que define todo o domínio, mas o dicionário de dados conterá informações sobre as entidades e atributos associados a um elemento de dados específico. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">É aqui que as ontologias entram.</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">A figura a seguir mostra a ontologia Friends Of A Friend (FOAF) carregada no </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">aplicativo </span></span><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Prot%C3%A9g%C3%A9_(software)" rel="nofollow" style="background: transparent; border-bottom: none; border-image: initial; border-left: 0px; border-right: 0px; border-top: 0px; color: #3c78a7; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Protégé</a><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"> (editor de ontologia de código aberto e um sistema de gerenciamento de conhecimento criado pela Universidade de Stanford):</span></div>
<div class="mceTemp" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<dl class="wp-caption aligncenter" id="attachment_5481" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<dt class="wp-caption-dt" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin: 0px 0px 3px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><img class="wp-image-5481" height="567" src="http://www.rshane.com/wp-content/uploads/2017/01/ProtegeFOAF-1024x836.png" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; height: auto; margin: 4px 0px; max-width: 100%; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="695" /></dt>
<dd class="wp-caption-dd" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin: 0px 0px 3px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Ontologia FOAF carregada no Protege</span></dd></dl>
</div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">A ontologia FOAF é uma ontologia de código aberto usada para trocar informações sobre pessoas, suas atividades e relacionamentos com outras pessoas e objetos. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Uma ontologia consiste em classes organizadas hierarquicamente em uma taxonomia de subclasse-superclasse, propriedades com descrições que definem restrições de valor e valores para essas propriedades. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Uma base de conhecimento é definida quando a ontologia é concluída e quando instâncias individuais desses elementos (classes e propriedades) são definidas juntamente com restrições adicionadas ou refinadas.</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Por exemplo, a classe </span></span><span style="font-size: 15.6px;">Pessoa </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">inclui todas as pessoas e uma pessoa específica é uma instância desta classe. </span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">A maioria das ontologias está focada em classes de coisas, e essas classes podem ser divididas em subclasses de coisas. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Por exemplo, Pessoa pode ser subclassificada por Gênero, Etnia, Raça ou País de Cidadania. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Definir domínios em termos de ontologias legíveis por máquina permitirá a troca livre de informações e conhecimentos.</span></div>
<h3 style="background: transparent; border: 0px; font-family: Georgia, Palatino, "Palatino Linotype", Times, "Times New Roman", serif; font-size: 1.07692em; font-weight: normal; letter-spacing: -1px; margin: 5px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="font-size-4" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 14pt !important; line-height: 1.2 !important; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 18.6667px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><br /></span></span></h3>
<h3 style="background: transparent; border: 0px; font-family: Georgia, Palatino, "Palatino Linotype", Times, "Times New Roman", serif; font-size: 1.07692em; font-weight: normal; letter-spacing: -1px; margin: 5px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="font-size-4" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 14pt !important; line-height: 1.2 !important; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 18.6667px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Então, por que precisamos de ontologias e qual é o significado delas?</span></span></h3>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Ontologias permitem o compartilhamento de informações entre sistemas diferentes dentro do mesmo domínio. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Existem inúmeras </span></span><a href="http://protegewiki.stanford.edu/wiki/Protege_Ontology_Library#OWL_ontologies" rel="nofollow" style="background: transparent; border-bottom: none; border-image: initial; border-left: 0px; border-right: 0px; border-top: 0px; color: #3c78a7; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">ontologias disponíveis gratuitamente</a><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"> em várias indústrias. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Ontologias são uma maneira de padronizar o vocabulário em um domínio. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Por exemplo, a palavra "profissional" terá o mesmo significado em um sistema de saúde que em outro. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Da mesma forma, a "especialidade" do profissional terá o mesmo atributo e terá o mesmo significado nos dois sites. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Essa padronização permite mais flexibilidade e o desenvolvimento mais rápido de aplicativos e o compartilhamento de informações.</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Ontologias são usadas em muitas disciplinas, mas são mais comumente associadas a aplicativos de Inteligência Artificial (AI) e possivelmente Processamento de Linguagem Natural (PNL). </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">No entanto, uma aplicação menos provável de ontologias e uma área de interesse para mim são os sistemas de integração de dados e gerenciamento de conhecimento.</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Então, por que ontologias não têm sido uma palavra tão popular quanto Hadoop, Spark e Big Data? </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">As tecnologias se expandem nas áreas que podem e onde há mercado, não necessariamente nas áreas mais necessárias. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">As ontologias não se prestam a aplicativos de nível corporativo, e o desenvolvimento de múltiplas ontologias não é tão empolgante. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Por um lado, requer cooperação entre grupos dentro de um domínio para padronizar uma ontologia comum de comunicação. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">O setor financeiro fez uma tentativa com o desenvolvimento da Ontologia de Negócios da Indústria Financeira (FIBO), mas sua adoção foi lenta. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><b>Uma razão para isso é que o poder das ontologias não é bem compreendido</b>.</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Para dar o próximo salto no avanço da tecnologia, será necessário um software maduro, capaz de ingerir, entender, analisar e apresentar resultados interpretáveis rapidamente; </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">é aqui que entram as ontologias. Na minha opinião, as ontologias serão o facilitador da próxima geração de tecnologias disruptivas.</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><br /></span></span></div>
<h4 style="background: transparent; border: 0px; font-family: Georgia, Palatino, "Palatino Linotype", Times, "Times New Roman", serif; font-size: 1em; font-weight: normal; letter-spacing: -1px; margin: 5px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="font-size-4" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 14pt !important; line-height: 1.2 !important; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 18.6667px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Aplicações de Inteligência Artificial e Processamento de Linguagem Natural:</span></span></h4>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Sistemas de reconhecimento de voz como o Amazon, Echo, Apple, Siri e Google Home são tecnologias muito sofisticadas, mas ao mesmo tempo imaturas. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Não é pela falta de velocidade de processamento de hardware que rimos ou ficamos frustrados ao fazer uma pergunta simples a um desses dispositivos, apenas para receber alguma resposta sem sentido. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Somos capazes de escrever o código para responder às perguntas corretamente, se tivermos as informações necessárias para interpretar adequadamente a pergunta.</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Os computadores são bons em computação, mas não tão bons em processamento cognitivo. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Os computadores lutam com a dificuldade inerente para executar tarefas semelhantes às humanas que estes consideram triviais. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Essas tarefas humanas parecem muito simples, mas na verdade são bastante difíceis de imitar em um computador. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">O Watson da IBM é provavelmente o mais avançado nessas áreas, mas ainda há um longo caminho a percorrer.</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Quando um humano vê uma foto de um gato, identificamos imediatamente a figura como sendo um gato. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Quando perguntados "O que posso fazer para melhorar meu resfriado?", Entendemos imediatamente que a palavra "resfriado" nesse contexto se refere a uma doença viral comum. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Faça a Siri a mesma pergunta e ela abrirá uma página da Wikipedia explicando "frio" no sentido de temperatura. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">No entanto, se você digitar uma pesquisa no Google para a mesma pergunta, obtém algo mais compatível com o que seria esperado (mais informações na pesquisa no Google abaixo).</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Examinando a palavra "frio" como adjetivo no Wordnet, você verá que ele tem treze sentidos diferentes como adjetivo, mas apenas três como substantivo; </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">tudo, desde "um clima frio" (frio versus calor) até "frio no túmulo" (sem o calor da vida) e "eles nunca encontrarão uma cura para o resfriado comum?" </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">(uma infecção viral leve envolvendo o nariz e as vias respiratórias, mas não os pulmões). </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Na lingüística, isso é chamado de polissemia, ou a coexistência de possíveis significados para uma palavra/termo ou frase. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Portanto, para aplicativos de Inteligência Artificial (AI) e Processamento de Linguagem Natural (PNL), as ontologias são um componente crítico.</span></span></div>
<h4 style="background: transparent; border: 0px; font-family: Georgia, Palatino, "Palatino Linotype", Times, "Times New Roman", serif; font-size: 1em; font-weight: normal; letter-spacing: -1px; margin: 5px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="font-size-4" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 14pt !important; line-height: 1.2 !important; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 18.6667px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><br /></span></span></h4>
<h4 style="background: transparent; border: 0px; font-family: Georgia, Palatino, "Palatino Linotype", Times, "Times New Roman", serif; font-size: 1em; font-weight: normal; letter-spacing: -1px; margin: 5px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="font-size-4" style="background: transparent; border: 0px; font-size: 14pt !important; line-height: 1.2 !important; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 18.6667px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Aplicativos de integração de dados e gerenciamento de conhecimento:</span></span></h4>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">No entanto, existem outras aplicações de ontologia que eu acho igualmente interessantes, e elas estão na área de integração de dados e gerenciamento de conhecimento. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">O vídeo abaixo explica o Knowledge Graph do Google de maneira competente.</span></span></div>
</div>
<div style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #454545; font-family: Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, sans-serif; font-size: 15.6px; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div class="column" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #454545; font-family: Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, sans-serif; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div class="column" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #454545; font-family: Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, sans-serif; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<iframe _origwidth="560" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/mmQl6VGvX-c?wmode=opaque" style="background: transparent; border-style: initial; border-width: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="560"></iframe></div>
<div class="column" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #454545; font-family: Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, sans-serif; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><br /></span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Um componente crítico da IA, PNL, integração de dados, gerenciamento de conhecimento e outras aplicações é o desenvolvimento de ontologias. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Felizmente, a partir da discussão acima e com alguma ajuda do Google, você entende melhor meu interesse nessa área. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">As ontologias são específicas de um domínio de conhecimento, definem esse domínio com palavras que definem entidades/conceitos, relacionamentos entre essas entidades e os atributos/propriedades associados a essa entidade, e apresentam esse material em um formato legível por máquina.</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Quanto à integração de dados e ontologias, há vários artigos aos quais eu poderia direcioná-lo, para uma discussão mais aprofundada sobre o tópico. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Um em particular, "</span></span><a href="https://www.computer.org/csdl/mags/it/2016/01/mit2016010058-abs.html" rel="nofollow" style="background: transparent; border-bottom: none; border-image: initial; border-left: 0px; border-right: 0px; border-top: 0px; color: #3c78a7; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Really, Really Big Data: NASA at the Forefront of Analytics</a><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"> ", de Seth Earley, detalha como a NASA usou ontologias para definir os conjuntos de dados em termos que poderiam ser interpretados permitindo a integração com conjuntos de dados externos.</span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Como pesquisador e arquiteto de software/dados/informação/conhecimento, trabalhei em vários setores e e</span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">m cada um deles existe o mesmo problema, silos de dados isolados. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Os dados não são facilmente compartilháveis nesses silos - a integração horizontal de dados é difícil, se não impossível. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Os dados bancários são isolados dos dados de seguro, os registros médicos são isolados do faturamento e de outros dados sobre reclamações, a logística é isolada das operações e assim por diante. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Este não é um problema comum, e existe uma cura e, novamente, na minha opinião, ontologias fornecerão a solução.</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; margin-bottom: 0.5em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Temos plataformas de Big Data executando o Hadoop e temos vários componentes como MapReduce, Spark, Mahout, H2O Sparkling Water e Kafka que nos permitem acessar e analisar esses dados, mas ainda resta o fato de que você deve <b>conhecer</b> os dados antes de poder analisá-los. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">As ontologias fornecem um mecanismo para a rápida ingestão de dados de um Data Lake, bem como sua compreensão (significado, semântica).</span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Assim, como o hardware que avança mais rápido do que o software pode explorar seu poder, a capacidade de gerenciar Big Data e fornecer soluções analíticas chegou antes de nossa capacidade de entender e ingerir dados rapidamente. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><br /></span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">Seja esquema-na-leitura ou na gravação (<i>schema-on-read ou schema-on-write</i>), você deve conhecer seus dados. </span><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><b>Compreender dados é uma tarefa complicada e demorada</b>. </span></span></div>
<div style="background: transparent; border: 0px; font-size: 1em; min-height: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;">O desenvolvimento de ontologias nos ajudará a entender mais rapidamente um domínio e a acelerar o processo evolutivo do conhecimento neste domínio.</span></span></div>
<div>
<span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><span style="background: transparent; border: 0px; font-size: 15.6px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: inherit;"><br /></span></span></div>
</div>
Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-58110781849770576892016-08-24T17:28:00.001-03:002016-08-24T17:29:02.541-03:00la imaginación"Albert Einstein decía que la imaginación es más poderosa que el conocimiento. Pero quiero redefinir la imaginación, porque muchas veces se asocia a cuentos de hadas, fantasías... El tipo de imaginación al que me refiero sirve para que las personas creen un ideal, o una visión, que les ayudará a llegar a un determinado destino. Se trata de preguntarles qué es lo que quieren en su vida. En el momento en que empiezan a pensar en eso –una nueva posibilidad, una nueva realidad– el lóbulo frontal de su cerebro selecciona diferentes redes neuronales, cosas aprendidas o experimentadas en sus vidas. Y de alguna forma las conjuga en nuevo tapiz y crea algo nuevo.<br />
<br />
Si la persona puede empezar a imaginarse escogiendo nuevas opciones en su vida, llegando a unas nuevas metas y experiencias, lo que nos enseña la investigación es que, al recrearlo mentalmente, están preparando su cerebro para que parezca como si la experiencia ya hubiera tenido lugar. Y si puede conjugar su intención con una emoción elevada como la alegría, la gratitud, el aprecio o la inspiración, su cuerpo empieza a creer que está viviendo esa realidad futura. Está señalando nuevos genes para adaptarse a la experiencia que aún no ha ocurrido.<br />
<br />
Tendremos que practicar muchos días hasta que empecemos a crear circuitos en el cerebro y programar nuevos genes. Nuestros estudiantes, que llevan a cabo esta práctica regularmente, están logrando cambios significativos en su salud y en su vida.<br />
<br />
La mayor parte del tiempo nuestras emociones están conducidas por las hormonas del estrés. Las hormonas que existen debajo del corazón, las glándulas digestivas, las glándulas sexuales, todas son centros importantes que guardan relación con la supervivencia. Las emociones centrales, del corazón, están relacionadas con la creación. Cuando estás viviendo solo para sobrevivir, tiendes a centrarte en lo que te es conocido. Cuando vives en la creación, sin estrés, te centras en nuevas posibilidades.<br />
<br />
Para que las personas acepten los pensamientos de una nueva vida, tienen que cambiar el estado emocional del cuerpo. Los pensamientos son el lenguaje del cerebro, y los sentimientos, el lenguaje del cuerpo. Cómo piensas y cómo sientes crea un estado del ser. Así pues, las emociones elevadas son lo que nos saca de nuestro estado de supervivencia. No podemos crear otra realidad desde el estado de supervivencia. Se trata de cultivar nuestra apertura hacia lo desconocido. De abrirnos a los pensamientos nuevos que empezarán a crear un nuevo destino."<br />
<br />
Fragmentos de entrevista a Joe Dispenza.<br />
<br />
Carmen Guerrero | agosto 19, 2016 às 9:04 am | URL: http://wp.me/p3Y4FL-1yp<br />
http://planosinfin.com/nuevos-pensamientos-crean-nuevo-destino-joe-dispenza/Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-82408825011366252652015-11-02T13:44:00.002-02:002020-05-30T08:46:17.023-03:00Sabedoria<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: start;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<b>"<i>Mesmo que possamos ser sabedores do saber do outro, sábios nós podemos ser apenas da nossa própria sabedoria</i>." (Ensaios, I, 25). </b><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><i>(Texto inspirado do verbete "Sagesse" do Dictionnaire Philosophique, 2001, de André Comte-Sponville).</i></span></div>
</div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
</div>
Para mim sabedoria é o ideal de uma vida bem-sucedida. Um estado de espírito em que se experimenta um máximo de plenitude -- não por ter sido bem-sucedido <i>na</i> vida, o que seria mero carreirismo, mas por ter tornado mais plena a sua vida ela própria.<br />
<br />
É o objetivo, desde os Gregos, da filosofia. Contudo, trata-se de um ideal do qual importa também liberar-se. A sabedoria não liga para bem-suceder seja lá o que for: a vida do sábio não lhe importa mais, nem menos, do que a vida do outro. Ele se contenta de vivê-la, e encontra nisso um <i>contentamento</i> suficiente, que é a única sabedoria verdadeira. O sábio não espera que a vida lhe seja amável (fácil, agradável, bem-sucedida...) para amá-la. Questão de temperamento? questão de doutrina? Sem dúvida um pouco dos dois. Se é mais ou menos dotado para a vida, mais ou menos sábio; os que são menos, e sei do que falo, têm então necessidade de filosofar mais que outros.<br />
<br />
Mas ninguém é sábio absolutamente, nem plenamente, todos têm necessidade de filosofar, nem que seja para libertar-se da filosofia.<br />
<br />
Sabedoria? Com certeza, pois atingi-la é parar de crer nela. Uma pedra ou um virus bastam para tornar o mais sábio dos homens um louco; ou um sofrimento mais forte que outros ou que sua própria sabedoria. O sábio aceita isso de ante-mão. Suas falhas não são menos verdadeiras do que seus sucessos. Por que seriam menos sábias?<br />
A sabedoria não é um seguro total, nem uma panaceia, ou obra de arte. É um certo descansar, mas alegre e livre, na verdade. Um saber? tal é com efeito o sentido da palavra para os Gregos (<i>sophia</i>) como para os latinos (<i>sapientia</i>).<br />
Mas é um saber bem particular. "<i>A sabedoria não pode ser nem uma ciência nem uma técnica</i>", dizia Aristóteles: ela tem menos a ver com o que é verdadeiro ou eficaz do que com o que é bom, para si e para os outros. Um saber? Certamente. Mas um saber-viver.<br />
<br /></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: start;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
Os Gregos distinguiam a sabedoria teórica ou contemplativa (<i>sophia</i>) da sabedoria prática (<i>phronèsis</i>). Mas uma não existe sem a outra; a verdadeira sabedoria seria a conjunção das duas.<br />
<br />
Ela se faz reconhecer graças a uma certa serenidade, mais ainda a uma certa alegria, a uma certa liberdade, <span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">a um certo amor, </span>a uma certa eternidade (o sábio vive no presente: ele sente e experimenta, como dizia Espinosa, que é eterno)... "<i>De todos os bens que a sabedoria nos proporciona para a felicidade, sublinhava Epicuro, a amizade é de longe o maior</i>" (Maximes capitales, XXVII).<br />
É que o amor-próprio cessou de ser obstáculo. Que o medo e a falta cessaram de ser obstáculos. Resta apenas a alegria de conhecer: restam apenas o amor e a verdade.<br />
<br />
Todos temos momentos de sabedoria: são aqueles quando o amor e a verdade nos parecem suficientes. Todos temos momentos de loucura: aqueles que experimentamos longe do amor e da verdade.<br />
<br />
A verdadeira sabedoria não é um ideal; é um estado, sempre aproximativo, sempre instável (ele só é eterno, como o amor, enquanto dura), é uma experiência, é um ato. Não é um absoluto, mas é um máximo (e como tal relativo): é o máximo de bem-estar vivido no máximo de lucidez.<br />
Ela depende da situação tal ou qual, das capacidades de tal ou qual, enfim do estado do mundo e da pessoa. Não é um absoluto, é a forma sempre relativa, de habitar o real, que é o único absoluto verdadeiro.<br />
<br />
Essa sabedoria parece melhor do que todos os escritos já produzidos sobre ela, que arriscam dela nos separar. A cada um de criar a sua.<br />
<br />
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-18532573588730551782014-09-24T16:01:00.005-03:002016-02-21T20:50:48.192-03:00A falta inexorável do homem...A experiência humana não cabe na linguagem descritiva, pois esta última trai a densidade, a fecundidade de experiências que nos leva para além da dor de existir e, ao mesmo tempo, se saber mortal.<br />
<br />
Precisamos da poesia e da mística para irmos ao encontro da situação humana. Falar do sofrimento, da dor, da paixão em linguagem descritiva, em geral nos faz cair na banalidade.<br />
<br />
O <i>experiencial</i> que é ambivalente não se deixa capturar por meras palavras. Para nos aproximarmos da profundidade da experiência dos afetos, no sentido de Espinoza, temos a razão como ensina o filósofo.<br />
<br />
Porém na condição de humanos sentimos que algo para além do racional teórico nos chama.<br />
<br />
A razão pode ser vista como um fenômeno multi-facetado, tem-se a razão teórica, a razão prática e a razão estética. Essa última, a razão estética só se experimenta e se desenvolve mais profundamente através da poética e da mística.<br />
<br />
A paixão, a experiência amorosa, de alguém ou por alguém, que fazendo a nossa experiência nos revela os sentidos da vida. Padecimento, dor, miséria... e no meio deles, então, podemos descobrir a glória, podemos confrontar a nossa paixão à luz da paixão de cristo.<br />
<br />Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-90404402518295190112014-09-24T15:34:00.003-03:002016-02-21T20:51:45.002-03:00O Relativismo é um Niilismo? Esboço de uma Ética para o Pós-humano.<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial;"><o:p>[ Texto lido no evento: </o:p></span></span><span style="font-family: Arial;"><a href="http://www.faculdadejesuita.edu.br/index.php?pagina=grupo_noticia&tela=69&vw=180" target="_blank">X SIMPÓSIO INTERNACIONAL FILOSÓFICO-TEOLÓGICO – FAJE</a><br /> em 25 de setembro de 2014</span><span style="line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial;"><o:p> ] </o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Uma ressalva inicial necessária: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">vou expressar aqui um ponto
de vista que certamente não faz, <u>de nenhuma forma</u>, jus à história da
reflexão filosófica sobre o tema. Seria muita pretensão, e de toda forma algo não
factível, dadas as minhas limitações teóricas. Pois, embora reserve um grande
interesse pela filosofia, ainda tenho pouca base formal no campo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 36pt;">
<div style="line-height: 150%;">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]-->
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>EN-US</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>JA</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
<w:UseFELayout/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="276">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]-->
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Table Normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:Cambria;
mso-ascii-font-family:Cambria;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Cambria;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;}
</style>
<![endif]-->
<!--StartFragment-->
<!--EndFragment--></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 36pt;">
<div style="line-height: 150%;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Minha trajetória acadêmica se
deu, até aqui, nas área da Ciência da Computação, da Informação, do
Conhecimento e da Gestão. Me interesso sobretudo por teorias que procuram dar
conta do impacto da TI nas organizações e no indivíduo: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">i.e.</i>, pela análise das implicações da introdução progressiva de
componentes, entidades, ou melhor: “atores” não-humanos - vistos como artefatos
tecnológicos, não apenas passivos mas ativos -, que “estendem” as capacidades
de produção e criação, em nossas vidas e nas organizações e grupos sociais. <o:p></o:p></span></div>
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; line-height: 24px;">Para além da produção e da criação, a Tecnologia da Informação afeta questões comuns, tais como proteção de direitos autorais, liberdade intelectual, responsabilidade, privacidade e segurança. Muitas dessas questões são difíceis ou impossíveis de resolver. </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Vamos ao tema do artigo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Que ética para o século XXI? Que ética para o pós-humano? Com efeito, a
pergunta da filosofia, que mais importa, é:<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Como viver</i><i>?</i>”. <i>Como viver no século XXI? </i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">O artigo apresenta duas éticas absolutistas e uma relativista. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">As duas primeiras postulam
absolutos metafísicos, que fundamentam a moral; uma é transcendente, a outra é transcendente
também, mas na imanência. Uma fundamenta seus valores na existência de um Deus,
a outra no Homem-Deus. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">A essas duas éticas (transcendente
e transcendente mas imanente), contraponho, no artigo, a ética relativista. Ou
seja, uma ética sem fundamentos. Não há valor absoluto nesta ética. Todos os
valores são relativos. Uma objeção, entretanto, sempre aparece: se tudo vale
nessa ética relativista, não há nenhum valor absoluto, então se tudo vale é
porque nada vale! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<u><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Procederei em dois tempos</span></u><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">(1) num primeiro momento
trato da questão “que fundamento para a moral?” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">(2) em segundo momento,
argumento que o relativismo não é um niilismo. Mas é sim, uma ética que habita
uma terceira via entre, de um lado, o dogmatismo, e de outro, o niilismo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">No Brasil de hoje, em que
prepondera o niilismo político: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">descrença
em tudo o que é político”</i>; e também o niilismo moral: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">cada um que salve o seu</i>!”, o relativismo me parece uma via do meio,
um antídoto contra o dogmatismo e o niilismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">PARTE I -
que fundamento para a moral?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Humanismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Genericamente, o humanismo é
entendido como uma corrente intelectual do renascimento, fundada no estudo das
humanidades grega e latina que vai adotar certa valorização do homem, ao final
da chamada idade média. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Em filosofia ser humanista é
considerar a humanidade como um valor, ou até um valor supremo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Ou seja, tem-se duas
possibilidades: (1) esse valor poderá ser considerado um valor absoluto, que se
deixa conhecer, reconhecer e contemplar; ou (2) esse valor poderá ser relativo.
Relativo a que? Relativo à história e aos desejos dos homens (nossa história e
nossos desejos), ou seja, relativa à uma certa sociedade ou civilização... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">No primeiro caso tem-se o
chamado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">humanismo teórico</i>, o qual
pode até ser metafísico ou transcendental, mas tende sempre a se tornar uma espécie
de religião do homem (ver: O Homem-Deus, do filósofo Luc Ferry). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">No segundo caso, trata-se de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">humanismo prático</i>, que não reconhece
nesse valor do humano nenhum absoluto, nenhuma transcendência. E não é mais que
uma moral, ou um guia para a ação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No primeiro caso tem-se
uma fé: fé no humano. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">No segundo caso tem-se uma
fidelidade: fidelidade aos valores humanos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Embora semelhantes, essas
duas posições: o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">humanismo teórico</i> e
o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">humanismo prático</i> são bem
diferentes. Postular um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">anti-humanismo
teórico, </i>em minha opinião, ajuda a não se correr o risco de,
inadvertidamente, cair-se num <i style="mso-bidi-font-style: normal;">não-humanismo
prático</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Ora, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">não-humanismo prático</i> é a própria barbárie, ou do integrismo, ou de
uma espécie de niilismo: que é ausência completa de todo e qualquer valor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Depois do
estruturalismo francês, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">humanismo
prático</i> é o humanismo que resta disponível. Ele diz respeito não ao que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sabemos</i> do homem, mas ao que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">queremos</i> para ele (que ele continue
humano, no sentido normativo). Não há mais <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sujeito</i>
de sentido – nem Deus, nem homem –, todo sentido é reduzível a algo que em
última análise não tem sentido. Como mostrou Lévi-Strauss (em um diálogo com
Ricoeur, 1963): só há sentido “na posição” (da estrutura), ou seja, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">o sentido resulta sempre da combinação de
elementos que não são eles mesmos significativos</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Resposta possível
à barbárie (o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">não-humanismo prático</i>)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Trata-se de questão muito
abstrata me dirão alguns! Observação que se pode responder apontando para as
discórdias atuais e perenes no oriente médio. As lutas e gestos bárbaros que
assistimos em pleno século XXI são uma constatação concreta de um cenário abjeto
e nada abstrato. No Brasil temos o niilismo político, todo político é corrupto
(o que só beneficia os corruptos), apregoado pela grande mídia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">No caso do oriente médio, tem-se
alí um foco que pode evoluir ou não para um fanatismo bárbaro bem mais amplo,
como todos aceitam. Naquela região vive-se sob as leis de fanatismos que seguem
os mandamentos de um suposto Deus metafísico, que julga “lá de cima” a
humanidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Ou seja, postulo no artigo,
um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">anti-humanismo teórico</i> como
salvaguarda da possibilidade de cair num <i style="mso-bidi-font-style: normal;">não-humanismo
prático</i>. Com efeito, acredito que esta posição (a de um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">anti-humanismo teórico</i>) seria a de um
humanismo mais engajado, menos idealista e mais mobilizador. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Nesse posicionamento (de um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">anti-humanismo teórico</i>), os postulados “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ama a Deus sobre todas as coisas</i>” (das religiões
monoteístas do livro) ou “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ama o Homem
sobre todas as coisas (como um absoluto, como um Homem-Deus)</i>”, tornam-se
então o postulado: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ama a verdade sobre
todas as coisas (e isso aceitando também que nunca a alcançaremos
absolutamente, totalmente)</i>”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Porém esse posicionamento
deve aceitar que, embora exista como absoluto, a verdade não é um Deus, ou
seja, ela não julga!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Resumindo, postulo um “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">anti-humanismo teórico</i>” porque não
aceito que o humano funda a moral humana (se fundasse então teríamos um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">humanismo teórico</i>). Se aceitamos que o
humano não funda a moral, então temos um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">anti-humanismo
teórico</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Então o que funda
a moral? <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Deus seria um fundamento
possível para a moral, mas não buscamos um fundamento possível (o que seria, no
limite, uma contradição "nos termos”, como o “quente-frio”, p.ex.).
Buscamos sim um fundamento cognoscível ("conhecível"). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Deus fundaria a moral, como a
conjunção possível entre a verdade e o bem (Deus faz nossos valores serem não
apenas os “bons valores”, mas os “valores verdadeiros”. E nesse caso é preciso
postular a existência do bem como um absoluto (o que equivale a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">hypostasiar</i> o bem como um Bem, com “B”
maiúsculo), o que é problemático por várias razões, mas sobretudo diante de
tanto mau (ou sofrimento que há no universo). É porque o Bem não existe,
absolutamente, ou seja, não existe por si como uma verdade, que é nosso dever
lutar para que ele valha, para nós, na medida em que o amarmos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">A verdade, por ela só, poderia
fundar a moral? Considero que a verdade é um absoluto, mas ela não julga.
Então, por consequência, não pode fundar, já que todo fundamento é “de direito”
(e não “de fato”), no sentido de que um fundamento garantiria o "valor de
um valor”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Nesse cenário, onde não se
reconhece o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Bem absoluto</i> e a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">verdade não julga</i>. Então toda moral só
pode ser autônoma, imanente, e desprovida de um fundamento. Uma moral não pode
ser transcendente, nem fundada. O que não a impede de existir, por suas
origens. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">O que não a impede,
inclusive, de ser heterônoma, pois a moral é do indivíduo, mas também do grupo
social a que pertence tal indivíduo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Ou seja, se a moral não tem
um fundamento crível, ela tem, entretanto, origens. E são várias origens: a
vida, a razão, a sociedade, a história. Todas essas “coisas” juntas têm como
consequência a universalização da moral, mas não a sua absolutização. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Toda moral é, logo, relativa ao indivíduo, ou à um grupo de indivíduos,
uma sociedade (a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">moral vivida em grupo</i>
é o que se chama <i style="mso-bidi-font-style: normal;">política</i>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Que
espiritualidade? </span></b><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Para um filósofo, mas para um
crente também, “acreditar em Deus”, pode ser considerado como “acreditar na
verdade”. Qual é a diferença? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">A diferença é que o filósofo admite
sempre que a verdade não julga, e não pode julgar. Que a verdade está para além
do bem e do mal, ou para aquém do bem e do mal (como eu preferiria dizer). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">O filósofo fala então da
verdade. Mas ela não é um Deus. Não é também o homem-Deus do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">humanismo teórico</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Que espiritualidade? A
espiritualidade é a vida do espírito, em geral. Em particular é habitar a
relação entre nosso tempo finito e a eternidade, nossa pequenez física e o infinitamente
grande universo, enfim: nossa relatividade e o absoluto do Todo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Com relação às virtudes
teologais do cristianismo: fé, esperança e amor/caridade, não se trata de ter <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fé</i> no homem ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fé</i> em Deus, mas de ser fiel aos valores do humanismo, do cristianismo:
é o que é um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">humanismo prático</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Não se trata de ter “esperança”
no homem ou em Deus, mas trata-se de agir. De construir o reino. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Então concluo que a moral é
sempre relativa, nunca absoluta. Pelo menos não do ponto de vista <i style="mso-bidi-font-style: normal;">metafísico</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Já do ponto de vista <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fenomenológico</i> (Kant tinha razão) ela é
vivida, na imaginação do indivíduo, como um absoluto: como um imperativo
categórico. Com efeito, aquilo que não se universaliza, EM GERAL, não é moral.
Se a mentira e o assassinato fossem morais, ambos tenderiam a não existiriam
mais. A mentira deixaria de ser mentira porque todos mentiriam. A sociedade
deixaria de existir, porque todos se matariam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Dessa forma, não sendo mais
do que um universal<i style="mso-bidi-font-style: normal;">, i.e.</i>, um
horizonte de humanidade possível (e não algo que está atrás de nós, como
garantia, abaixo de nós como fundação ou mesmo dentro de nós como um
imperativo), essa moral não escapa à casuística. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Todo "caso moral”,
sobretudo os mais decisivos (aborto, pena de morte, casamento homossexual etc),
deve e pode ser considerado e discutido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Tudo está sobre a mesa dos
homens, dos indivíduos que decidem. Não há mais fundamento absoluto para a
moral. Toda moral é relativa, frágil, e sem sanção absoluta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Mesmo a razão livre não
constitui um fundamento (como queria Kant). Só há razão na proporção do desejo
de razão. A razão não é um absoluto, não vale por si mesmo. Senão o homem,
enquanto ser racional e livre, seria um absoluto. A vida seria um absoluto. Mas
quem prova que a vida tem razão? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Pode-se contrapor contudo: “se
a moral é relativa, então tudo vale, e se tudo vale nada vale”. Vem então a
pergunta: essa posição relativista do anti-humanismo teórico, ou humanismo
prático, implica num niilismo? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">PARTE II - o
relativismo é um niilismo? </span></b><br />
<span style="font-family: Arial; line-height: 150%; text-indent: 36pt;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial; line-height: 150%; text-indent: 36pt;">Que todo valor seja relativo, não prova que tudo
valha.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Porém, como
valores não são seres, nem ideias em si, o relativismo é um niilismo
ontológico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Mas, como os
valores existem realmente, e para nós (eles nos fazem agir), esse niilismo
ontológico vai junto com um relativismo prático. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Um valor não é uma
verdade, é o objeto de um desejo, não de conhecimento; Que uma coisa ou outra
me pareça boa ou má, vai depender do desejo que tenho por ela. Mas que ela seja
verdadeira, não. Nietzsche <i>versus</i>
Spinoza: o pensamento deles se encontra no relativismo normativo (quanto aos
valores), mas se opõem no racionalismo (quanto à verdade, ou à razão). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">A verdade é um
valor? Claro, mas apenas se nós a julgamos boa. Assim, com efeito, a verdade é
um valor para quase todos os humanos: “<i>todos
os homens amam a verdade</i>”, dizia Santo Agostinho, porque ninguém, mesmo os
mentirosos, gostam de ser enganados. Mas não é porque ela é uma verdade que ela
vale; não é porque um valor é verdadeiro que ele vale. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Filosofia cínica, <u>disjunção
de ordens</u>: o valor de uma verdade depende do desejo que temos por ela, mas
sua verdade não. Todo valor é subjetivo (inclusive a verdade como valor);
nenhuma verdade é subjetiva. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">O valor é causa de
uma ação, não é algo que se contemple em si, mas apenas indiretamente através
da contemplação de uma ação</span><span style="font-family: Arial; line-height: 150%; text-indent: 36pt;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: Arial; line-height: 150%; text-indent: 36pt;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Um valor não é
também um puro “nada” ou uma ilusão. Um valor vale verdadeiramente, ao menos
para nós, já que é verdade que nós o desejamos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">É verdade que eu desejo, mas meu desejo não é
uma verdade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">O que há de ilusão
em nossos valores não é o que eles valem, mas o sentimento que temos, quase
inevitavelmente, de que são absolutos. Mas só há valor absoluto para e pelo
desejo. Trata-se de um absoluto prático: o que eu quero absolutamente, quer
dizer, de forma incondicional, inegociável. Mas não porque existiria em si. Mas
porque é indissociável do meu desejo de viver e agir humanamente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Por que seria
necessário que a justiça existisse em si, absolutamente, para que eu deseje a
justiça (ou ame a justiça)? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">É antes o
contrário: se ela existisse, ela não precisaria de nós e nós seríamos menos
responsáveis por ela. Menos responsáveis por torna-la real, já que ela
existiria por si mesma. Mas não é assim. Não é porque a justiça é boa, em si
mesma, que a buscamos, nem porque ela existe nos submetemos a ela. É porque nós
a desejamos que ela é boa (para nós). Razão a mais para deseja-la. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">É porque ela não
existe, por si, que é preciso faze-la. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">O niilismo é a
filosofia da preguiça ou do vazio, do nada. O relativismo, a filosofia do
desejo e da ação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Enfim, como eu dizia no
início, no Brasil de hoje, em que prepondera um niilismo político: a descrença
em tudo o que é político; mas também aumenta o niilismo moral: do “cada um que
salve o seu!” <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nos restam as palavras lúcidas
do filósofo André Comte-Sponville:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">o
relativismo é como que uma via do meio, contra o dogmatismo e o niilismo.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Contra
o dogmatismo: a lucidez, o relativismo e a tolerância. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">Contra
o niilismo: a coragem e o amor.</span></i><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; mso-ansi-language: PT-BR;">” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]-->
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>EN-US</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>JA</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
<w:UseFELayout/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="276">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]-->
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Table Normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:Cambria;
mso-ascii-font-family:Cambria;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Cambria;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;}
</style>
<![endif]-->
<!--StartFragment-->
<!--EndFragment--><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-9386685049535987782014-05-05T09:09:00.000-03:002014-05-05T09:12:00.234-03:00Liberdade e Segurança, dois valores fundamentais segundo Zygmunt Bauman e Mário Quintana.<div id="fb-root">
</div>
<script>(function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0]; if (d.getElementById(id)) return; js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = "//connect.facebook.net/en_US/all.js#xfbml=1"; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs); }(document, 'script', 'facebook-jssdk'));</script>
<br />
<div class="fb-post" data-href="https://www.facebook.com/marcos.cavalcanti/posts/10152150846572149" data-width="466">
<div class="fb-xfbml-parse-ignore">
<a href="https://www.facebook.com/marcos.cavalcanti/posts/10152150846572149">Post</a> by <a href="https://www.facebook.com/marcos.cavalcanti">Marcos Cavalcanti</a>.</div>
</div>
Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-1177240487546119942013-11-28T16:39:00.002-02:002014-05-05T09:07:06.653-03:00O desejo de amor ou "longing for love"<div style="text-align: justify;">
Bertrand Russell, um dos filósofos mais influentes do século 20, começou sua autobiografia declarando: "<i>Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram minha vida: o desejo de amor, a busca do conhecimento e piedade insuportável pelo sofrimento da humanidade</i>."</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
À primeira de suas três paixões ele denominou "<i>o desejo de amor</i>" ("<i>longing for love"</i>). É certo que Russell não está sozinho nisso. Todo humano sentirá o desejo de amor ou o desejo de amar e ser amado. Mas aí cabe questionar, sobretudo talvez em casos mais extremos, por que ansiamos tanto por amor? E mais, como é que esse desejo de amor se relaciona com nosso amor-próprio, com a nossa auto-estima? </div>
<div style="text-align: justify;">
Sabe-se, desde Aristóteles, que a virtude está sempre numa faixa entre dois extremos. Pois bem, que atitude poderia ser pensada que nos apontasse para um uma vida entre o egoísmo mais desprezível (exclusivo amor próprio) e o ascetismo dos santos (grau zero de amor próprio)? É importante perguntar, já que não podemos ser santos e obviamente não queremos ser desprezíveis! </div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Me parece que não nos servem nem o egoísmo absoluto, nem a falta de auto-estima ou a auto-depreciação do asceta. Embora nem todo asceta se auto-deprecie. Talvez eles não o façam como uma rejeição ao gozo da vida, ou porque a prática é virtuosa, mas sim pela busca da saúde física e metafísica.<br />
<br />
De qualquer forma deve haver algum indício patológico nesses estados extremos; a esse propósito, é interessante assistir ao vídeo <a href="http://www.youtube.com/watch?v=AbkZSrPZMd8" target="_blank">Autopromoção, autodepreciação e autoflagelação nas relações interpessoais - Flávio Gikovate</a> [uma ressalva quanto ao vídeo é que nem todo mundo que se auto-deprecia está tentando obter vantagens; pode ser auto-estima baixa, se culpando e até se punindo].</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O risco é que na ausência de auto-estima, podemos perder o amor mais importante de todos: o amor por si mesmo. Já no egoísmo deixamos de viver algo essencial de nossa humanidade: a conexão com o outro. Como seres sociais, careceremos sempre dessa abertura ao outro. </div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Quando jovens, hormônios correndo selvagemente, o desejo de amor é mais um desejo de acasalar, procriar, estabelecer uma vida com alguém. À medida que amadurecemos percebemos que o amor é uma emoção que podemos fazer crescer. Ganhamos autonomia para ir além do amor erótico platônico e caminhar também pelo terreno do amor <i>philia</i>, amor aristotélico ou o <i>ágape</i>, a caridade. Descobrimos que o amor é também o que fazemos dele. Descobrimos que o amor que não ama a si mesmo primeiro é enganoso e, nesse caso, tendemos a amar por todas as razões erradas.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Não ansiaríamos tanto por amor se percebêssemos que o amor nos é dado, simplesmente porque damos amor. Se o aceitássemos como ele é apresentado a nós, não tentando torná-lo mais do que aquilo que ele é, alterando o amor que nos é dado. Não ansiaríamos tanto por amor se acordássemos todos os dias sabendo que somos amados por nós mesmos, se ninguém mais o fizer.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
É preciso saber como amar a si mesmo adequadamente, a fim de amar melhor qualquer outra pessoa. Amar-se como se ama o outro (o próximo) e amar qualquer um como se ama a si mesmo. Para alguns, isso vem naturalmente. Para outros esta viagem é muito mais complexa e difícil.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-83693828015053738972013-10-21T10:05:00.000-02:002016-02-21T20:52:53.563-03:00A força que brota da vulnerabilidadeEstar vulnerável -- transparente, aberto e desarmado -- é imensamente útil quando as emoções se sobrepõem ou obscurecem umas às outras. A vulnerabilidade nesse caso gera uma ressonância emocional honesta entre nós e os outros, amplia nossa receptividade e convida-nos a compartilhar com mais profundidade.<br />
<br />
A vulnerabilidade pode ser assustadora. Baixar a guarda pode parecer perigoso (e, talvez, alguma vez tenha sido mesmo). Mas sem a vulnerabilidade, apartamo-nos de nossa rica profundeza emocional. Vestimos nossas máscaras e quando isso acontece, bloqueamos a ligação autêntica com os outros.<br />
<br />
Vulnerabilidade não é sinônimo de colapso, de capitulação ou mesmo algo incapacitante. Muito pelo contrário, ela pode ser a nossa maior fonte de força, especialmente quando aprendemos a nos suavizar sem perder o contato com o núcleo de nossa presença. Há uma dignidade inerente a tal vulnerabilidade, mesmo quando estamos em circunstâncias degradantes.<br />
<br />
Ser emocionalmente vulnerável significa estar em contato com - e ser transparente sobre - o que estamos sentindo. Podemos então ser honestos sobre o que estamos fazendo com as nossas emoções e isso é muito libertador. Ficamos mais atentos para quando estamos sendo defensivos ou agressivos, por exemplo, ou quando estamos procurando distração daquilo que estamos sentindo.<br />
<br />
Vulneráveis, ficamos mais dispostos a compartilhar as dificuldades com pessoas de nossa confiança. Sabendo que quanto mais abertamente compartilharmos os estados emocionais (e suas raízes) que temos medo de revelar, mais profundas e plenas nossas conexões relacionais serão.<br />
<br />Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-45883916153096077332013-08-06T09:40:00.005-03:002013-08-06T09:41:47.552-03:00Henrique Lima Vaz escreve em 1990 sobre Sônia Viegas...<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-nZVW-DSDBvs/UgDugHSfndI/AAAAAAAACm8/t9PaiPDMXQc/s1600/Screen+Shot+2013-08-06+at+9.38.29+AM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-nZVW-DSDBvs/UgDugHSfndI/AAAAAAAACm8/t9PaiPDMXQc/s1600/Screen+Shot+2013-08-06+at+9.38.29+AM.png" /></a></div>
<br />Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-87505672068506377182013-08-03T19:15:00.005-03:002013-08-03T19:15:55.181-03:00Mensagem do Reitor da UFMG sobre quotas e demais políticas afirmativas na universidade pública brasileira.Mensagem do Reitor<br />
<br />
“Vivemos em um país de injustiças seculares em que a desigualdade figura como algo permanente e natural e a pobreza parece resistir aos discursos e às políticas que pretendem erradicá-la. Não é mais possível desconhecer ou ignorar essa realidade. A população vive segregada em classes de renda cada vez mais díspares, configurando taxas de desigualdade incompatíveis com sociedades democráticas e com as melhores tradições republicanas. O acesso ao ensino superior é uma das expressões mais claras da nossa desigualdade social. Famílias de baixa renda têm enormes dificuldades de acesso à educação superior e apenas algumas, em número muito reduzido, conseguem que seus filhos cheguem à condição de disputar uma vaga para o ensino superior.<br />
<br />
Será razoável que brasileiros tão díspares em oportunidades, submetam-se às mesmas normas e exigências no vestibular?<br />
<br />
Quando falo de oportunidades desiguais, refiro-me a escolas com boa infraestrutura e professores bem remunerados, oportunidades de aulas de reforços, aulas práticas com laboratórios adequados, intercâmbios internacionais, possibilidades de viagens, escolas de línguas, ambiente familiar estimulante. Enfim, todas as oportunidades educacionais que um jovem de origem social pobre não consegue ter.<br />
<br />
Pois bem, estes jovens que experimentam a condição da pobreza e, muitas vezes, de famílias de origem africana, cujos antepassados foram submetidos à vileza máxima da escravidão, estes jovens pobres vêem na Universidade, o sonho de mobilidade social ou da solidariedade coletiva aos seus pares, não importa.<br />
<br />
Será que não temos a responsabilidade de garantir a esses jovens o direito da diferenciação? Ou, em outras palavras, para situações tão desiguais não teríamos a obrigação de adotar medidas diferenciadas que possam, não reproduzir a desigualdade, e sim eqüalizar as oportunidades? Não seria esse o momento de construir uma experiência generosa e justa em que poderíamos oferecer o tratamento diferenciado que nosso espírito de solidariedade nos recomenda?<br />
<br />
Pensem nisso! Discutam o tema e vamos, juntos, encontrar mecanismos que, efetivamente, garantam a inclusão e a permanência desses jovens em nossa Universidade”.<br />
<br />
Ronaldo Tadêu Pena<br />
Reitor UFMG (Gestão 2006 - 2010)Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-19044682053928269322013-06-15T16:17:00.001-03:002013-06-15T16:17:36.734-03:00Tecnologia, fim ou meio?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyu3-ryhJdptiPSCEUDeelLT6xcujXEQ1AbdxOQ481ArPmvRF55_3nTBJ7tpr5X3bOryYRmKRH4sAQIH2-bTA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-91788628898958128092013-06-04T12:41:00.002-03:002013-06-15T16:24:57.554-03:00A que ponto chegou a Revista Veja!<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Não sou leitor da revista <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Veja" target="_blank">Veja</a>. Minha esposa a assinou por um período, mas descobriu que não era produzida por jornalismo de mínima qualidade. Curioso é que, mesmo depois de cancelar a assinatura, a editora insiste em nos enviar exemplar semanal da revista. Assim foi que, por acaso, ao folhear o último número não pude deixar de notar o texto da seção "Carta ao Leitor" de maio 2013. Trata-se de uma pérola da distorção dos fatos, para não falar de desrespeito à inteligência do leitor. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
A revista exagera. Talvez não por acaso o texto é intitulado "<i>A verdade dos fatos</i>", pois traz mentiras graves a respeito da história recente brasileira! </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Marquei duas passagens com quadros vermelhos na imagem abaixo. No primeiro a revista explica que foram os torturados "<i>terroristas</i>" que deram o golpe na democracia brasileira em 64 ao tentaram implantar "<i>à força no Brasil a ditadura do proletariado</i>". Curioso, não foram os militares que deram o golpe? Em seguida (segundo quadro vermelho abaixo), a revista sugere ao leitor que os fatos passados não são importantes, "<i>Aceitarem o fato de que o passado é passado e que o mais importante é construir o futuro</i>". É o caso de se perguntar: como construir o futuro sem lembrar o passado? Repetindo os erros? </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Recordemos então que em 2006 o grupo Nasper adquiriu 30% do grupo Abril, mantenedor da revista. Este grupo de comunicações sul-africano foi ligado ao regime Apartheide na África do Sul. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-z2oHuqdjZIQ/Ua4DfjBawvI/AAAAAAAACjM/gPwZIhaWbfw/s1600/Screen+Shot+2013-06-04+at+12.07.02+PM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-z2oHuqdjZIQ/Ua4DfjBawvI/AAAAAAAACjM/gPwZIhaWbfw/s1600/Screen+Shot+2013-06-04+at+12.07.02+PM.png" /></a></div>
<br />Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-48522042348763251172013-05-24T12:37:00.003-03:002013-05-27T14:29:52.175-03:00nada lá no fundo de nós mesmos, exceto aquilo que nós mesmos colocamos...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-NRTaUJ0OQG4/UaOYACgQ23I/AAAAAAAACis/rtw4h-R1ywQ/s1600/Screen+Shot+2013-05-27+at+2.28.22+PM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-NRTaUJ0OQG4/UaOYACgQ23I/AAAAAAAACis/rtw4h-R1ywQ/s1600/Screen+Shot+2013-05-27+at+2.28.22+PM.png" /></a></div>
<br />Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-81423570806157871422013-05-24T11:45:00.006-03:002013-05-24T11:45:36.105-03:00Nascemos para o encontro com o outro...<br />
“O homem, quando jovem, é só, apesar de suas múltiplas experiências. Ele pretende, nessa época, conformar a realidade com suas mãos, servindo-se dela, pois acredita que, ganhando o mundo, conseguirá ganhar a si próprio. Acontece, entretanto, que nascemos para o encontro com o outro, e não seu domínio. Encontrá-lo é perdê-lo, é contemplá-lo na sua libérrima existência, é respeitá-lo e amá-lo na sua total e gratuita inutilidade. O começo da sabedoria consiste em perceber que temos e teremos as mãos vazias, na medida em que tenhamos ganhado ou pretendamos ganhar o mundo. Neste momento, a solidão nos atravessa como um dardo. É meio-dia em nossa vida, e a face do outro nos contempla como um enigma. Feliz daquele que, ao meio-dia, se percebe em plena treva, pobre e nu. Este é o preço do encontro, do possível encontro com o outro. A construção de tal possibilidade passa a ser, desde então, o trabalho do homem que merece o seu nome.”<br />
(Hélio Pellegrino)<br />
Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-91392716290649646282013-05-19T10:31:00.000-03:002013-05-19T10:31:03.494-03:00Há metafísica bastante em não pensar em nada.<br />
Há metafísica bastante em não pensar em nada.<br />
<br />
O que penso eu do Mundo?<br />
Sei lá o que penso do Mundo!<br />
Se eu adoecesse pensaria nisso.<br />
<br />
Que ideia tenho eu das coisas?<br />
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?<br />
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma<br />
E sobre a criação do Mundo?<br />
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos<br />
E não pensar. É correr as cortinas<br />
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).<br />
<br />
O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério!<br />
O único mistério é haver quem pense no mistério.<br />
Quem está ao sol e fecha os olhos,<br />
Começa a não saber o que é o Sol<br />
E a pensar muitas coisas cheias de calor.<br />
Mas abre os olhos e vê o Sol,<br />
E já não pode pensar em nada,<br />
Porque a luz do Sol vale mais que os pensamentos<br />
De todos os filósofos e de todos os poetas.<br />
A luz do Sol não sabe o que faz<br />
E por isso não erra e é comum e boa.<br />
<br />
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores<br />
A de serem verdes e copadas e de terem ramos<br />
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,<br />
A nós, que não sabemos dar por elas.<br />
Mas que melhor metafísica que a delas,<br />
Que é a de não saber para que vivem<br />
Nem saber que o não sabem?<br />
<br />
«Constituição íntima das coisas»...<br />
«Sentido íntimo do Universo»...<br />
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.<br />
É incrível que se possa pensar em coisas dessas.<br />
É como pensar em razões e fins<br />
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores<br />
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.<br />
<br />
Pensar no sentido íntimo das coisas<br />
É acrescentado, como pensar na saúde<br />
Ou levar um copo à água das fontes.<br />
<br />
O único sentido íntimo das coisas<br />
É elas não terem sentido íntimo nenhum.<br />
<br />
Não acredito em Deus porque nunca o vi.<br />
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,<br />
Sem dúvida que viria falar comigo<br />
E entraria pela minha porta dentro<br />
Dizendo-me, Aqui estou!<br />
<br />
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos<br />
De quem, por não saber o que é olhar para as coisas,<br />
Não compreende quem fala delas<br />
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)<br />
<br />
Mas se Deus é as flores e as árvores<br />
E os montes e sol e o luar,<br />
Então acredito nele,<br />
Então acredito nele a toda a hora,<br />
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,<br />
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.<br />
<br />
Mas se Deus é as árvores e as flores<br />
E os montes e o luar e o sol,<br />
Para que lhe chamo eu Deus?<br />
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;<br />
Porque, se ele se fez, para eu o ver,<br />
Sol e luar e flores e árvores e montes,<br />
Se ele me aparece como sendo árvores e montes<br />
E luar e sol e flores,<br />
É que ele quer que eu o conheça<br />
Como árvores e montes e flores e luar e sol.<br />
<br />
E por isso eu obedeço-lhe,<br />
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),<br />
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,<br />
Como quem abre os olhos e vê,<br />
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,<br />
E amo-o sem pensar nele,<br />
E penso-o vendo e ouvindo,<br />
E ando com ele a toda a hora.<br />
<br />
Fernando Pessoa / Alberto Caeiro: "Há metafísica bastante em não pensar em nada".<br />
Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-82862021894639041312013-04-24T20:51:00.001-03:002013-05-16T10:30:16.228-03:00Se não racionais ao menos razoáveis.Se os homens fossem racionais em sua conduta, isto é, se eles agissem da forma mais provável a lhes trazer os fins que deliberadamente desejam, a inteligência seria suficiente para tornar o mundo quase um paraíso. No essencial, o que é no longo prazo vantajoso para um homem também é vantajoso para outro. Mas os homens são movidos por paixões que distorcem o seu ponto de vista; sentindo uma pulsão de ferir os outros, eles se convencem de que é do seu interesse fazê-lo. Eles não vão, portanto, agir da forma que é de seu próprio interesse, a menos que eles sejam movidos por impulsos generosos que os tornam indiferentes ao seu próprio interesse. É por isso que o coração é tão importante quanto a razão. Por "coração'' quero designar aqui a soma total dos impulsos bondosos. Onde existam, a ciência ajudar-los-á a serem eficazes; onde estão ausentes, a ciência só tornará os homens mais inteligentemente diabólicos.<br />
<br />
ICARUS or The Future of Science<br />
by Bertrand Russell 1924.Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-88046251467440772302013-04-15T14:48:00.003-03:002013-04-15T21:32:45.509-03:00Um encontro cristão é apenas um encontro social?<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Na homilia de Dom Christian Lépine, arcebispo de Montreal, pode-se ouvir que a Igreja tem por missão estar lá onde está o sofrimento, mas tem também a missão de levar a palavra de Jesus Cristo ao mundo. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Segundo Dom Christian, quando se leva a compaixão é mais fácil porque há um ressonância imediata que responde a uma situação de sofrimento. Quando leva-se a palavra de Cristo é mais difícil pois está-se, por assim dizer, no domínio do “discurso”.</span><br />
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/yYH6JgoX7vU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É bom que experiência e palavra andem juntas, mas uma é incapaz de demonstrar a outra. São irredutíveis uma à outra, como </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">a prática não é redutível à teoria, nem </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">o valor à verdade, ou o coração à razão.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Isso ajuda na reflexão sobre a natureza do encontro cristão. Obviamente, todo encontro cristão é um encontro social, mas nem todo encontro social é um encontro cristão. Vem a pergunta: em quê um encontro cristão seria mais específico que um encontro social? </span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Como diz Dom Christian "a dinâmica da fé é mais do que uma mensagem... é uma palavra, mas uma palavra viva, é uma presença, uma presença que nos é oferecida sempre no seio da comunidade".</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nesse sentido um encontro cristão é bem mais do que um encontro social, exatamente porque "a fé é um encontro pessoal com Jesus Cristo" (Benoit XVI). </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Como se depreende da homilia, no vídeo, a fé é um encontro <b><u>pessoal</u></b> com Jesus Cristo aberto a todo fiel e a todo cristão: "[...]não há alguns abençoados com vocação especial que são chamados ao encontro pessoal com Jesus Cristo, que ouviram como que uma mensagem que lhes foi entregue, e todos os outros que a ela devem aderir [...]".</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Por isso acredito que cada um descobrirá para sí o que é um encontro cristão. Ninguém pode dizer o que ele é de fato. Experienciando um tal encontro cada um é chamado a descobrir em seu íntimo o que é esse encontro pessoal com Jesus. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Para muitos a f</span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">é será, antes de qualquer outro mistério, fidelidade aos valores cristãos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br /></span></div>
Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-45100218173747420692013-04-01T16:22:00.002-03:002013-04-01T16:22:43.558-03:00Ética e Ecologia desafios do século XXI - Desafios.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A ética, por Leonardo Boff</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/jjlnFK0z7f8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-56126221605364713772013-03-16T14:29:00.001-03:002013-03-20T11:36:23.602-03:00Very Simple Reflections About the Importance of the Information<br />
As we can see in this video, information is at the beginning and at the end of everything:<br />
http://www.youtube.com/watch?v=bow4nnh1Wv0 (go to this point: 1:08:30)<br />
The panelists agree that the universe is a sort of information generator.<br />
<br />
Then if information is so central to everything, can I use information to do anything I want (or to achieve any goal I desire)? To become a very rich man, for example (in terms of money)?<br />
Let's assume that I could pay the maximum attention to all information in the Universe (I would therefore be a omniscient being).<br />
<br />
The answer could be: in theory yes, but there are limitations inherent to our human condition that prevents us from accessing that information. Limitations of all kinds: our desire, rationality, form, perception, persistence etc.<br />
[One interesting thing is that I put "desire" as the first drive. That could mean that it is enough to desire something to have it happen (self-help would be a reality!?)].<br />
<br />
Thinking in terms of legal entities, a more correct answer could be: it simply means that if one does not pay attention to the maximum information possible, the competitors will, and then they will be more successful, regarding goals.<br />
<br />
In summary, I think that in the past, when we didn't have all the information we have today, the information itself was less important. Because very few people had it available anyway. Now that almost everyone can have the information they want or need, not having access to it is something that becomes very problematic.<br />
<div>
<br /></div>
Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-46776055954171244302013-03-10T11:38:00.001-03:002013-03-10T11:45:55.581-03:00Sandra Elflein canta "Sehnsucht" (saudade), poema de Schiller<br />
<object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://1.gvt0.com/vi/ILZ_zOCRjsE/0.jpg" height="266" style="clear: right; float: right;" width="320"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/ILZ_zOCRjsE&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/ILZ_zOCRjsE&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object>Eu poderia deste sombrio vale partir,<br />
Onde a névoa paira fortemente,<br />
Planar para alguma esfera mais feliz,<br />
Ah! quão feliz eu seria!<br />
Colinas distantes a encantar minha visão,<br />
Sempre jovem e sempre justo;<br />
Para aqueles montes eu voaria<br />
Se tivesse asas para escalar o ar.<br />
<br />
Harmonias meu ouvido assaltam,<br />
Ondas que respiram uma calma celestial;<br />
E o vento suavemente-suspirando<br />
Cumprimenta-me com o seu bálsamo perfumado.<br />
Espiando os caramanchões assombreados,<br />
Frutos dourados a exibir seus encantos.<br />
E essas flores docemente-florescendo<br />
Nunca do frio inverno se tornam presas.<br />
<br />
Em você interminável sol brilhante,<br />
Oh! Que felicidade 'para se habitar!<br />
Como a brisa em altura ali<br />
Deve o coração com arrebatamento inchar!<br />
No entanto, o fluxo que governa meu caminho<br />
Verifica-me com seu olhar severo de raiva,<br />
Enquanto suas ondas, em furor crescente,<br />
Pesam meu espírito cansado para baixo.<br />
<br />
Veja - a barca se aproximando,<br />
Mas, infelizmente, o piloto não!<br />
Entre corajosamente - medo porque?<br />
Inspiração enche as velas<br />
Fé e coragem faça-as tuas próprias, -<br />
Deuses nunca emprestam uma mão amiga;<br />
'Então por puro poder da magia<br />
Tu podes alcançar a terra mágica!Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-33226471942353267462012-11-02T11:36:00.002-02:002012-11-02T11:37:07.559-02:00Epicuro: um olhar sobre o ateísmo tranquilo do filósofo do Jardim.<div style="text-align: justify;">
[<i>Nb. propriedade intelectual: adaptado do texto original que se encontra <a href="http://strikingquadra.wordpress.com/2010/03/30/epicuro-um-olhar-sobre-o-ateismo-tranquilo-do-filosofo-do-jardim/">aqui</a>.</i>]</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Epicuro, ele mesmo, não era ateu. Nem poderia ser. Ele não negava os deuses. Dizia apenas que os deuses não tinham importância na vida dos humanos, que se eles (os deuses) existissem, seria em outro plano, sem nenhuma relação com a terra e com quem vive nela. Por que então um olhar sobre o “ateísmo” tranqüilo de Epicuro se ele mesmo não era um ateu? </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O ateísmo tem sido muito debatido nos últimos anos [...]. Depois do livro “Deus, um delírio” de Richard Dawkins, esse entrave entre os ateus e os religiosos ficou mais comum do que nunca. Entretanto o post de hoje não é pra falar de um ateísmo militante, senão para tratar de uma questão de libertação e paz individual, um ateísmo tranquilo.<br /> </div>
<div style="text-align: justify;">
Epicuro, assim como outros filósofos influenciados pelo atomismo de Demócrito, propõe o contrário do que propõe o idealismo de Platão. Para Epicuro não existe dualismo, ou seja, não há separação entre alma e corpo. A alma é o corpo e vice-versa. Para ele, toda a verdade reside na carne, ou seja, nas sensações e nas afecções. Ainda contrariando Platão, Epicuro então sugere que não há universo invisível, além-mundos idealizados e nada além dos átomos da matéria.<br /> </div>
<div style="text-align: justify;">
Como dissemos no primeiro parágrafo, por uma questão criteriosa do sentido da palavra ateu, Epicuro não pode ser considerado um negador dos deuses, já que ele admite a possibilidade de eles existirem em algum lugar nos cosmos. Entretanto seus ensinamentos são um convite direto ao fim dos principais temores que atormentam o pensamento humano e, interpretativamente, a um ateísmo tranqüilo, desprovido de função militante. Seria mais ou menos assim: não vou perder tempo tentando provar que os deuses definitivamente não existem; há coisas mais importantes para serem refletidas e analisadas antes disso, apenas deixemos os deuses de lado.<br /> </div>
<div style="text-align: justify;">
Epicuro entende que muitos temores se devem aos deuses; prováveis punições, julgamentos, castigos, pedidos não atendidos que viram paranóia como: pedi algo a deus e não fui agraciado; será que fiz algo errado? Pequei? Estou sendo punido? O que me espera quando eu morrer? Daí surgem os diversos tipos de recalques, paranóias, psicoses e outras doenças que geram desprazeres, e portanto um grande mal para Epicuro. Sem contar que os temores por si só impedem o homem de desfrutar a ataraxia proposta por ele, ou seja, o estado de tranqüilidade. Pois então deixemos os deuses de lado; não há nada a temer em relação aos deuses. E metade dos nossos temores vai embora.<br /> </div>
<div style="text-align: justify;">
A outra metade dos temores é, segundo Epicuro, o temor da morte. Em sua receita terapêutica infalível até hoje, ele esclarece: se eu estou presente, a morte não está. Se a morte está presente, eu não estou. Ou seja, tudo reside nas sensações, se eu estou morto eu não tenho consciência, não tenho mais sensações; não vou desejar estar vivo e nem vou sentir medo, não vou sentir nada; não vou saber que estou morto.<br /> </div>
<div style="text-align: justify;">
Qual a razão então em sofrer antecipadamente por alguma coisa que eu não vou sentir? A única coisa que pode fazer sofrer é a idéia de que fazemos da morte enquanto vivos. A própria morte, em si, não pode fazer sofrer, nunca a encontramos.<br /> </div>
<div style="text-align: justify;">
Eliminando essas duas metades que compõem os maiores temores que podem visitar o pensamento humano, o caminho fica livre para a possibilidade de viver uma vida de prazeres. (<b>comedidos, calculados, conscientes, éticos – não cometamos o erro de entender, como seus inimigos sempre quiseram caricaturar, o epicurismo como algo desvirtuoso e vulgar</b>)<br /> </div>
<div style="text-align: justify;">
Podemos enxergar então em Epicuro um “ateísmo tranqüilo” (expressão proposta por Gilles Deleuze em seu livro Péricles e Verdi), um ateísmo onde o principal motor não é o embate com os religiosos, a denúncia das atrocidades cometidas pelas religiões em nome de um deus e etc. Em Epicuro o ateísmo é uma resposta dura ao idealismo de Platão e é necessário para libertar o homem dos principais temores e deixar o caminho aberto para a fruição dos prazeres."<br /> </div>
<div style="text-align: justify;">
“Platão inventa uma mitologia útil para manter os homens no medo, na angústia e no terror. Esses medos e temores fornecem uma humanidade maleável, medrosa, fácil de conduzir. Alienada, por certo, mas dócil, disponível para a obediência, a submissão e a renúncia a si mesma. Epicuro não quer homens assim: ele os quer autônomos, curados das superstições, libertos.”<br />Michel Onfray em seu ‘Contra-História da Filosofia’<br /></div>
Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-89942267681410557682012-10-22T10:52:00.003-02:002012-10-26T19:01:48.147-02:00Hominescência<br />
Michel Serres nos oferece a palavra <i>hominescência</i> para dizer que a humanidade vive, desde a segunda metade do século 20, uma grande mudança na sua relação com o tempo e com a morte.<br />
O termo tem como desinência "<i>escência</i>" (incoativa*), que desígna o início frágil de um processo; por exemplo de fervura, de iluminação, de floração: efervecência, luminescência, florescência, incandescência, senescência ou adolescência.<br />
<br />
Percebe-se nestas palavras uma dimensão de "vai-e-vem", de crescimento/decaimento, brilho/escurecimento, avanço/regressão. A hominescência seria um processo que, por afastamentos repetidos de um extremo a outro, vai renovando a hominização.<br />
<br />
Não está claro o que ela vai produzir: uma humanidade, uma outra humanidade ou outros graus de humanidade. A hominescência é concentrada em um período reduzido de tempo: algumas décadas... em uma escala (de hominização) que pode ser contada em milhares de anos ou milênios.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-BqUeIM902fY/UIVSHOjM2SI/AAAAAAAACEc/V9Y-6oFjD_0/s1600/Screen+Shot+2012-10-22+at+12.02.20.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-BqUeIM902fY/UIVSHOjM2SI/AAAAAAAACEc/V9Y-6oFjD_0/s1600/Screen+Shot+2012-10-22+at+12.02.20.png" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/24XIlbovxPA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
Segundo Michel Serres, a hominescência se desenvolve por ciclos sucessivos:<br />
1. Primeiro ciclo: o homem cria ferramentas externas e técnicas que estendem seus órgãos. Alguns animais são domesticados e o homem vive com eles.<br />
2. Segundo ciclo: o corpo se globaliza, a Terra entra na história. Constituindo um novo habitat, o homem produz a natureza.<br />
3. Terceiro ciclo: o homem perde suas faculdades, que são terceirizadas para dispositivos: memória, voz, conhecimento. A ciência e a tecnologia tornam-se capazes de mudar o seu corpo (que se torna visível e glorioso), e melhorar a sua saúde. Inventam-se objetos mundiais (Internet, genoma, a bomba atômica), ferramentas paradoxais que moldam o seu mundo, lhes dão poder de decisão sobre sua própria emergência e/ou morte, mas que ele não controla.<br />
A história se faz evolução. Ela procura um novo equilíbrio.<br />
Definindo os limites do humano, a hominescência os move. Ela exige um debate bioético que redefine e reconstrói a humanidade.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/zb5-l45dbow?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;">*Adj. Que começa; inicial; inceptivo. Diz-se dos verbos que denotam o começo de uma ação, como envelhecer, adormecer etc.</span>Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-21402025981132915842012-09-28T18:56:00.000-03:002012-09-28T19:03:56.026-03:00A boa notícia é que já estamos salvos, a má é que vamos morrer.“Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.” Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa. Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder.”<br />
— (Steve Jobs)Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3195025175756678667.post-16868553887123973452012-09-18T11:00:00.000-03:002012-10-22T14:19:37.683-02:00Ontologias e seus espaços de aplicação<b id="internal-source-marker_0.35332046123221517" style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; text-indent: 256px;"><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Queria dar uma palavrinha sobre ontologias e seus espaços de aplicação. Me refiro, de maneira bem geral, aos espaços público, social e privado e não à domínios específicos circunscritos nesses espaços. </span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Além disso, as ontologias a que me refiro aqui são, mais especificamente, modelos conceituais concebidos graças a conhecimentos que estão na confluência das áreas disciplinares da </span></b><b id="internal-source-marker_0.35332046123221517" style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; text-indent: 256px;"><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Filosofia, </span></b><b style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; text-indent: 256px;"><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ciência da Computação, Ciência da Informação e da Linguística. Na medida em que ontologias nos ajudam a refletir mais profundamente sobre a modelagem conceitual do mundo real, elas estão sendo desenvolvidas em todos os domínios da atividade humana onde se aplica a tecnologia da informação. Elas são ferramenta útil para dirigir e orientar o esforço de modelagem do real nos três espaços principais onde se dá a existência humana: no trabalho, na ciência e na economia, existimos no </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">espaço social</span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, por exemplo. Mas há ainda outros dois espaços, o espaço público e o espaço privado.</span></b><br />
<b style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; text-indent: 256px;"><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">espaço privado</span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, que no mundo real é representado pela família, é onde o ser humano encontra descanso e cuida de sua sobrevivência no sentido mais natural de sua existência no mundo. Trata-se de um espaço hoje muito confundido com o </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">espaço social</span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. As ontologias encontram interessantes aplicações nesse espaço também, vide as redes sociais, facebook, twitter etc.</span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Para além dos </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">espaços social </span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">e </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">privado</span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, há também o </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">espaço público, </span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">tão caro aos gregos -- quando o indivíduo não era mais importante do que a coletividade -- e que vem se enfraquecendo desde a era moderna com a paulatina e gradual transformação da "polis" em "metro-polis". Na </span><span style="font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">metrópolis</span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, o espaço público se confunde com o espaço social (sem o cuidado que têm as cidades européias, algumas milenares, as nossas cidades são infelizmente organizadas para a produção e o fluxo de mercadorias e não para o encontro dos cidadãos). </span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Onde estaria o </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">espaço público </span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">hoje, na contemporânea pós-modernidade? </span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Que desiludida ideia fazemos da política, exercício realizado na pólis? </span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">espaço público </span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">é por excelência o espaço da política, uma ordem acima da ordem da economia e da ciência. É no </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">espaço público </span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">que o homem constroi a sua humanidade, mais do que no </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">espaço social </span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">e </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">privado</span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. É nesse espaço que o homem excede a sua natureza, no sentido de ir além de sua mera reprodução e sobrevivência, e projeta no espaço comum, comunitário, público, a força da sua expressão, da sua vontade, da sua humanidade. </span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Pois quero notar que estão neste espaço público -- esquecido hoje, já que sobrepujado por uma vida cada vez mais individualizada -- interessantes aplicações de ontologias. Penso principalmente nas aplicações de dados abertos vinculados, governo aberto, governo eletrônico, e também nos W<i>ikiLeaks</i> que se multiplicam pela internet etc. Aqui, pesquisadores de ontologia necessitam do socorro de disciplinas, para além daquelas que citei no início, como a Sociologia e a História e outras das humanidades. </span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br />
<span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Queria concluir imaginando que, na tarefa sem fim de modelar o real, há muito o que fazer ainda em cada um desses </span><span style="font-weight: bold; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">espaços</span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">: social, público e privado. Muitas aplicações virtuais serão desenvolvidas com apoio das ontologias. Cuidemos apenas para que no desenvolvimento e uso dessas aplicações estejamos atentos e não confundamos, como ocorre hoje, os espaços público, social e privado. São espaços bem diferentes, complementares e necessários.</span></b>Marcello Baxhttp://www.blogger.com/profile/12248486712306633793noreply@blogger.com0Luxemburgo Luxemburgo-19.943401 -43.955295