A experiência humana não cabe na linguagem descritiva, pois esta última trai a densidade, a fecundidade de experiências que nos leva para além da dor de existir e, ao mesmo tempo, se saber mortal.
Precisamos da poesia e da mística para irmos ao encontro da situação humana. Falar do sofrimento, da dor, da paixão em linguagem descritiva, em geral nos faz cair na banalidade.
O experiencial que é ambivalente não se deixa capturar por meras palavras. Para nos aproximarmos da profundidade da experiência dos afetos, no sentido de Espinoza, temos a razão como ensina o filósofo.
Porém na condição de humanos sentimos que algo para além do racional teórico nos chama.
A razão pode ser vista como um fenômeno multi-facetado, tem-se a razão teórica, a razão prática e a razão estética. Essa última, a razão estética só se experimenta e se desenvolve mais profundamente através da poética e da mística.
A paixão, a experiência amorosa, de alguém ou por alguém, que fazendo a nossa experiência nos revela os sentidos da vida. Padecimento, dor, miséria... e no meio deles, então, podemos descobrir a glória, podemos confrontar a nossa paixão à luz da paixão de cristo.
e aí?
ResponderExcluirparou de alimentar o blog...
Sempre passo na rua Engenheiro Pedro Bax e lembro-me de você!
Vê se posta algum artigo, querido.
Sempre bom ver coisa arrumada.
Abraços.
Antonio