Minha questão é saber como o ser humano pode viver melhor, e isso só a filosofia é capaz de responder...
"
Como os gregos, nós hoje achamos que uma vida mortal bem-sucedida é melhor que ter uma imortalidade fracassada, uma vida infinita e sem sentido. Buscamos uma vida boa para quem aceita lucidamente a morte sem a ajuda de uma força superior." (Luc Ferry)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A força que brota da vulnerabilidade

Estar vulnerável -- transparente, aberto e desarmado -- é imensamente útil quando as emoções se sobrepõem ou obscurecem umas às outras. A vulnerabilidade nesse caso gera uma ressonância emocional honesta entre nós e os outros, amplia nossa receptividade e convida-nos a compartilhar com mais profundidade.

A vulnerabilidade pode ser assustadora. Baixar a guarda pode parecer perigoso (e, talvez, alguma vez tenha sido mesmo). Mas sem a vulnerabilidade, apartamo-nos de nossa rica profundeza emocional. Vestimos nossas máscaras e quando isso acontece, bloqueamos a ligação autêntica com os outros.

Vulnerabilidade não é sinônimo de colapso, de capitulação ou mesmo algo incapacitante. Muito pelo contrário, ela pode ser a nossa maior fonte de força, especialmente quando aprendemos a nos suavizar sem perder o contato com o núcleo de nossa presença. Há uma dignidade inerente a tal vulnerabilidade, mesmo quando estamos em circunstâncias degradantes.

Ser emocionalmente vulnerável significa estar em contato com - e ser transparente sobre - o que estamos sentindo. Podemos então ser honestos sobre o que estamos fazendo com as nossas emoções e isso é muito libertador. Ficamos mais atentos para quando estamos sendo defensivos ou agressivos, por exemplo, ou quando estamos procurando distração daquilo que estamos sentindo.

Vulneráveis, ficamos mais dispostos a compartilhar as dificuldades com pessoas de nossa confiança. Sabendo que quanto mais abertamente compartilharmos os estados emocionais (e suas raízes) que temos medo de revelar, mais profundas e plenas nossas conexões relacionais serão.