Minha questão é saber como o ser humano pode viver melhor, e isso só a filosofia é capaz de responder...
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Como os gregos, nós hoje achamos que uma vida mortal bem-sucedida é melhor que ter uma imortalidade fracassada, uma vida infinita e sem sentido. Buscamos uma vida boa para quem aceita lucidamente a morte sem a ajuda de uma força superior." (Luc Ferry)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Pequeno Tratado das Grandes Virtudes

Compartilho aqui uma resenha bem feita sobre um livro que está sempre por perto: "O Pequeno Tratado das Grandes Virtudes", de André Comte-Sponville. Comte-Sponville é ateu e materialista e existem várias palestras dele na Web, pena que estão todas em francês, sem legenda ainda.

Em seu trabalho filosófico, Sponville nos mostra um cominho de salvação pela desesperança, eis a sua principal obra filosófica. E eu a acho bem sedutora. A desesperança de que ele fala não é aquela que nos vem à mente a priori, no sentido negativo e mais comum do termo...
ele fala da desesperança no sentido do "não esperar", ou seja, de não ficar amando apenas aquilo que nos falta.

A desesperança aqui é tomada no sentido Spinozista, onde o Amor não é falta. Como ele diz no livro citado anteriormente: "aqui é preciso deixar Platão e buscar Spinoza". Em Spinoza a equação de Platão: "Amor = Desejo = Falta", vira: "Amor = Desejo = Potência".
Ou seja, Amor é igual a desejo, mas desejo não é falta, e sim potência. Assim o Amor é felicidade, i.e., a potência ou capacidade de amar.
Amar como uma "ação" e não como uma "paixão". Dito de outra forma: Amar ativamente, realizando aquilo que depende de nós e não esperar, sofrendo (paixão), por aquilo que não depende de nós.

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