Minha questão é saber como o ser humano pode viver melhor, e isso só a filosofia é capaz de responder...
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Como os gregos, nós hoje achamos que uma vida mortal bem-sucedida é melhor que ter uma imortalidade fracassada, uma vida infinita e sem sentido. Buscamos uma vida boa para quem aceita lucidamente a morte sem a ajuda de uma força superior." (Luc Ferry)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Web 2.0 e inovação.

Estou tentando escrever sobre Web 2.0. Então vou me concentrar não nos detalhes técnicos dessas ferramentas, mas no porque utilizá-las e em quais contextos de compartilhamento e colaboração elas são úteis ou quais necessidades elas buscam atender. Tais descrições são interessantes para aqueles que ouviram falar em tais ferramentas e procuram entender melhor como podem utilizá-las.

É também importante tentar mostrar que não se trata de um conjunto aleatório de ferramentas, mas que possuem características comuns que ilustram uma nova tendência relativa à socialização da informação e do conhecimento.

Sem falar na maior rapidez na resolução de problemas, acredito que ao criar, coletar e compartilhar conhecimento os indivíduos e grupos aumentam suas possibilidades de inovação. O que pode parecer paradoxal numa consideração superficial, uma vez que a cópia e o plágio também passam a ser muito facilidatos; principalmente em uma sociedade voltada fortemente para o consumo, onde o tempo para a elaboração individual parece cada vez mais escasso.

Obviamente a inovação não pode se dar pela cópia, que por vezes acaba prevalecendo (existem várias ferramentas anti-plágio disponíveis na web), mas pela potencialização das habilidades cognitivas dos indivíduos, que inovam ao colocarem suas próprias visões e intuições ao mesmo tempo em que têm acesso a fontes de referências na Web das redes sociais ou Web 2.0. Acesso tão amplo e profundo como nunca foi possível antes na história da humanidade.

Aliás o propósito acima ilustra algumas das minhas razões para manter um blog: se conhecer melhor, se instruir, preservar a sua memória e, quando necessário, poder inovar. Inovar no sentido de "progredir no caminho", com seu próprio coração. Na presença ausente do Outro o blogueiro se constroi, do leitor desconhecido. Inovar pelo esquecimento daquela maior parte de nós que não vale o registro, claro. Dizem que, biologicamente, se não esquecemos ficamos doentes ou loucos. Esquecer é necessário, mas é também necessário lembrar, nem que seja para poder inovar com fidelidade à memória de nossa vida. Afinal, como inovar se recomeçamos sempre do zero?

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